sábado, 6 de julho de 2024

O Homem a Igreja e a salvação .

                                             



Nesta mensagem faremos uma abordagem direta sobre o principal  ponto  e a ligação entre o homem a igreja e a salvação.
Qual a ligação entre o homem e a salvação?
Qual o papel da igreja neste processo?
O que é a salvação e como consegui-la?

Podem haver varias respostas  para cada uma destas perguntas, no entanto devemos focar em como reconhecer e buscar dentro de uma análise concreta e direta a luz do evangelho.

Quem é o homem ?

A luz da bíblia o homem de todas as criações de Deus é a mais perfeita.
Quando Deus  criou todos os demais ele disse faça-se.
No entanto quando criou o homem foi  dito façamos.
Então disse Deus: "Façamos o homem à nossa imagem, con­for­me a nossa semelhança. Domine ele sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os grandes animais de toda a terra e sobre todos os pequenos animais ­que se movem rente ao chão".              ( Génesis 1:26-28).
Já nota-se a presença de uma  pluralidade na expressão, como podemos perceber acima Deus fez  o homem a imagem do pai, do filho e do Espírito Santo.


O homem foi feito para comandar toda a terra.  

                                                                                                                        O SENHOR te porá por cabeça e não por cauda; e só estarás em cima e não debaixo, se obedeceres aos mandamentos do SENHOR, teu Deus, que hoje te ordeno, para os guardar e cumprir. ( Deuteronômio 28 :13 ).

Mas se homens foram criados para dominar, por que não estão exercendo domínio? Será que não são capazes de exercer domínio ou não foram preparados para tal? Acredito que o enfraquecimento do domínio do homem sobre todas as coisas acontece por vários motivos, mas entre tantos motivos  se destacam: Desobediência  e indisciplina.

Veja o que esta escrito  em Deuteronômio :
Se obedeceres aos mandamentos do SENHOR, teu Deus, que hoje te ordeno, para os guardar e cumprir.
O distanciamento do homem deve-se a ele mesmo e não a Deus.
O motivo de  o homem ter perdido a plenitude foi a desobediência a Deus.
Mais Deus não mudou seus planos em relação ao homem.
Segundo a ciência quem é o Homem?

Um homem (em latim: homines) é um ser humano adulto do sexo ou gênero masculino, animal bípede da ordem dos primatas pertencente à espécie Homo sapiens.[1] "Menino" é o termo usado para uma criança humana do sexo masculino, e os termos "rapaz" ou "moço" para um adolescente ou jovem adulto.[2] Na velhice, é chamado de idoso, ancião, senhor ou simplesmente de homem. Corresponde a aproximadamente 50,4% da população humana mundial.[3] O termo homem pode ser utilizado ainda para se referir ao ser humano de maneira geral.[4][5]
Na sociologia, homem é um papel social tradicionalmente atribuído a indivíduos do sexo masculino, relacionado a desempenhos sociais, estética e performance da figura masculina. Enquanto na biologia, macho é usado para se referir a indivíduos do sexo masculino, possuindo microgametas e órgãos reprodutores masculinos, incluindo organismos como animais, plantas e seres humanos.[6
Nos aspectos  socioculturais, homens cisgênero são pessoas que nasceram com o sexo masculino e estão de acordo com o gênero masculino atribuído no nascimento, com base no sexo,[7] homens possuem uma identidade de gênero que não se alinha com a designação de gênero atribuída no nascimento,[8][9] sendo pessoas que foram atribuídas o gênero feminino e se reconhecem com o gênero masculino,[10] e homens intersexo podem ter características sexuais que não se encaixam em noções típicas da biologia masculina.[11][12] Juridicamente, em alguns países, é possível que a autodeterminação de gênero seja reconhecida pelo sexo jurídico em documentos de identificação.[13][14]
Idade e terminologia
A palavra homem pode ser usada de forma específica, significando um ser humano macho adulto particular ou, genericamente, significando todo ser humano macho. A condição de homem é normalmente vinculada ao período da vida após a juventude, pelo menos fisicamente, durante a puberdade.[15] Um menino é uma criança humana masculina. Para muitos, a palavra homem implica um determinado grau de maturidade e a responsabilidade que homens jovens em especial não se sentem prontos para tal; contudo, também podem se sentir demasiado velhos para serem chamados de menino, por esta razão, muitos evitam usar o homem ou o menino para descrever um homem jovem e preferem termos mais coloquiais tais como rapaz, cara (no Brasil) e gajo (em Portugal).[16]
Os filósofos gregos buscaram durante séculos a definição exata do que é um homem, sendo a mais conhecida a que o descreve como "um bípede implume" (duas pernas e sem penas). E Aristóteles a concebeu quando afirmou que o homem é o animal racional, definição que vale para ambos os sexos.[17]


Biologia e Sexo

 
Os seres humanos exibem dimorfismo sexual em muitas características, das quais diversas não apresentam nenhuma ligação direta com a habilidade reprodutiva, porém a maioria destas característica têm um papel na atração sexual. A maioria das expressões do dimorfismo sexual, nos seres humanos, são encontradas na altura, no peso, e na estrutura do corpo, onde o homem geralmente apresenta portes maiores comparado a sua fêmea, a mulher.[18]
Homem de Vitrúvio por Leonardo da Vinci (1485/90, Veneza, Gallerie dell' Accademia)
Alguns exemplos dos caracteres sexuais secundários masculinos, nos seres humanos, adquiridos com a passagem da puberdade, como: aumento da quantidade de pelo no corpo, desenvolvimento de pelos na zona abdominal, barba, em média mãos e pés maiores que das mulheres, ombros e tórax mais largos, estrutura mais pesada do crânio e dos ossos,[19] maior massa múscular, pomo-de-adão proeminente e voz grave e depósitos da gordura principalmente em torno do abdômen e da cintura.[20]
Nos termos da biologia, os órgãos sexuais masculinos estão envolvidos no sistema reprodutivo, consistindo de pénis, escroto, ducto ejaculatório, testículos, ducto deferente e glândulas anexas como a próstata. A função do sistema reprodutivo masculino é de produzir o sémen que carrega o gameta masculino, o espermatozoide, e assim a informação genética, para que possa se unir a um gameta feminino, o óvulo.[21] O espermatozoide entra no útero e então nada até às trompas de falópio da mulher onde se encontra o óvulo e o fertiliza, que posteriormente se tornará um embrião, mas o sistema reprodutivo masculino não apresenta nenhum papel essencial durante a gestação.[22]
O estudo da reprodução masculina e de órgãos associados é chamado andrologia. A maioria, mas não todos, homens têm o cariótipo 46/XY. A presença de um número atípica dos cromossomos é chamada aneuploidia, e os cromossomas sexuais extra podem causar a síndrome XXY ou a síndrome XYY nos homens.[23]
No geral, os homens sofrem de muitas das mesmas doenças que mulheres. No entanto, há algumas doenças relacionadas ao sexo que ocorrem unicamente ou mais frequentemente nos homens. Também, algumas doenças de relacionadas à idade como Mal de Alzheimer parecem ser menos comuns entre os homens.[24]
Os fatores biológicos nem sempre são determinantes para a identidade de gênero de um indivíduo, considerando a existência da intersexualidade, onde indivíduos nascem com variações nas características sexuais que não se encaixam nas noções de macho e fêmea.[25] Nesse caso, outros critérios são considerados, como a decisão por terceiros ou criação neutra.[26][27][28]
Sexualidade e gênero
A atração e sexualidade masculina varia entre os indivíduos, e o comportamento sexual de um homem pode ser afetado por muitos fatores, incluindo predisposições evoluídas, personalidade, educação e cultura. Enquanto a maioria dos homens é heterossexual, minorias significativas são homossexuais ou bissexuais.[29]
A maioria das culturas usa um binário de gênero em que o homem é um dos dois gêneros, sendo o outro a mulher.[30]
A maioria dos homens é cisgênero e sua identidade de gênero se alinha com sua designação sexual masculina no nascimento. Homens trans têm uma identidade de gênero masculina que não se alinha com sua designação sexual feminina no nascimento, e podem se submeter a terapia de reposição hormonal masculinizante e/ou cirurgia de redesignação sexual.[9][31]
fonte
wikipedia  enciclopédia livre.

Verdadeiramente pode-se afirmar que bíblia e a ciência  tem lados bem distintos sobre a criação humana.

Mais porque o homem  perdeu a vida eterna.?

O homem perdeu a vida eterna  por desrespeitar as ordens e desobedecer a Deus.
Ou seja por pecar.
A alma que pecar esta morrera.(Ezequiel 18:20-32).
O pecado foi atitude que separou o homem de Deus .
Banido do paraíso e sujeito as dores de uma vida mortal e aos laços da morte.
Ponto principal para instituição de uma nova aliança.
Temporariamente o homem foi destituído de sua plenitude
mais Deus não desistiu do homem .
E fez uma promessa.
Da semente dá mulher nascerá um que esmagará a cabeça da serpente.(Gn 3.15 )
O inicio da salvação dar-se em uma promessa que Deus fez e futuramente iria se cumprir.
O que havia sido desligado por desobediência do homem ,foi novamente religado por desígnio de Deus.
Vamos falar e colocar este passo mais a frente quando falarmos da salvação .





A igreja.

Para falarmos da igreja temos que  levar em conta três pontos,
Onde,quando e como.
Onde a Igreja foi Criada .
Quando a Igreja cresceu.
Como esta a Igreja.


Onde a Igreja foi Criada.

A igreja foi criada após a morte de Cristo.
Principalmente com a projeção do apostolo pós Cristo, o apostolo  Paulo também chamado de apostolo dos gentis .
Os seguidores também chamados de cristãos inicialmente reuniam-se nas casas dos irmãos em baixo de árvores.
Ou seja não haviam templos Cristãos .
Pois tratava-sede uma nova religião.
Veja o que diz a wikipédia  a este respeito:

O Cristianismo primitivo (até o primeiro Concílio de Niceia em 325) se espalhou do Mediterrâneo Oriental por todo o Império Romano e além. Originalmente, essa progressão estava intimamente ligada aos centros judaicos já estabelecidos na Terra Santa e na diáspora judaica. Os primeiros seguidores do Cristianismo foram judeus ou prosélitos, comummente referidos como cristãos judeus e tementes a Deus.[nt 1]
Supõe-se que as sés apostólicas foram fundadas por um ou mais apóstolos de Jesus, que se diz terem se dispersado de Jerusalém algum tempo após a crucificação de Jesus, c. 26–36, talvez seguindo a Grande Comissão (a missão divina dos apóstolos).[nt 2] Os primeiros cristãos reunidos em pequenas casas particulares, conhecidas como igrejas domésticas, mas toda a comunidade cristã de uma cidade também seria chamada igreja - o substantivo grego ἐκκλησία significa literalmente assembleia, reunião ou congregação mas é traduzida como igreja.[1][2][3][4]
Muitos desses cristãos primitivos eram comerciantes e outros que tinham razões práticas para viajar para o norte da África, Ásia Menor, Arábia, Grécia e outros lugares.[5][nt 3][nt 4] Mais de 40 dessas comunidades foram estabelecidas no ano 100, muitas na Anatólia, também conhecida como Ásia Menor, como as Sete Igrejas da Ásia. No final do primeiro século, o Cristianismo já havia se espalhado por Roma e pelas principais cidades da Armênia, Grécia e Síria, servindo de base para a expansão expansiva do Cristianismo, eventualmente em todo o mundo.
Império Romano do Oriente
Jerusalém
Cenáculo no Monte Sião, alegou ser o local da Última Ceia e Pentecostes . Bargil Pixner [6] afirma que a Igreja dos Apóstolos original está localizada sob a estrutura atual. Igreja do Santo Sepulcro, baseado em um documentário alemão. Alega-se que a igreja esteja no local do Calvário e no Túmulo de Jesus.
Jerusalém foi o primeiro centro da igreja, de acordo com o Livro de Atos e de acordo com a Enciclopédia Católica, a localização da "primeira igreja cristã".[7][nt 5] Os apóstolos viveram e ensinaram lá por algum tempo após o Pentecostes.[8] Tiago, o justo era um líder na igreja, e seus outros parentes provavelmente ocuparam posições de liderança na área circundante após a destruição da cidade até sua reconstrução como Élia Capitolina, c. 130, quando todos os judeus foram banidos da cidade.
Em cerca do ano 50, Barnabé e Paulo foram a Jerusalém para se encontrar com os "pilares da igreja", Tiago, Pedro e João. Mais tarde, convocou o Concílio de Jerusalém, segundo os cristãos paulinos, esta reunião (entre outras coisas) confirmou a legitimidade da missão de Barnabé e Paulo aos gentios, e a liberdade dos gentios convertidos da maioria leis mosaicas, especialmente a circuncisão, que era repulsiva para a mente helênica. Assim, o decreto apostólico (Atos 15, 19-21) pode ser um grande ato de diferenciação da Igreja de suas raízes judaicas embora o decreto possa simplesmente ser paralelo à lei judaica de Noé e, portanto, ser uma comunalidade e não um diferencial. Aproximadamente no mesmo período, o judaísmo rabínico tornou ainda mais rigorosa a exigência de circuncisão dos meninos judeus.[9][10][nt 6]
Quando Pedro saiu de Jerusalém, depois de Herodes Agripa I, tentar matá-lo, Tiago aparece como a principal autoridade.[11] Clemente de Alexandria (c. 150-215) o chamou de bispo de Jerusalém. Um historiador da igreja do século II, Hegésipo, escreveu que o Sinédrio o martirizou em 62.
Em 66, os judeus se revoltaram contra Roma.[8] Roma sitiou Jerusalém por quatro anos e a cidade caiu em 70. A cidade, incluindo o templo, foi destruída e a população foi principalmente morta ou removida. Segundo uma tradição registrada por Eusébio e Epifânio de Salamina, a igreja de Jerusalém fugiu para Pella na eclosão da Primeira Revolta Judaica.[12][13] Segundo Epifânio de Salamina, o Cenáculo sobreviveu pelo menos à visita de Adriano em 130. Uma população dispersa sobreviveu. O Sinédrio se mudou para Jâmnia.[14][15][nt 7] Profecias da destruição do Segundo Templo são encontradas nos sinóticos, especificamente no Discurso do Monte das Oliveiras.[16]
No século II, Adriano reconstruiu Jerusalém como uma cidade pagã chamada Élia Capitolina, erguendo estátuas de Júpiter e de si mesmo no local do antigo templo judaico, o Monte do Templo.[17][nt 8] Bar Cochba liderou uma revolta sem sucesso como Messias, mas os cristãos se recusaram a reconhecê-lo como tal. Quando Bar Cochba foi derrotado, Adriano barrou judeus da cidade, exceto no dia de Tisha B'Av, assim os bispos subsequentes de Jerusalém foram gentios ("incircuncisos") pela primeira vez.[18]
O significado geral de Jerusalém para os cristãos entrou em um período de declínio durante a perseguição aos cristãos no Império Romano. De acordo com a Enciclopédia Católica, acredita-se tradicionalmente que os cristãos de Jerusalém esperavam as guerras judaico-romanas (66-135) em Pella, em Decápolis. Os bispos de Jerusalém tornaram-se sufragistas (subordinados) do bispo metropolitano na próxima Cesareia,[19] interesse em Jerusalém foi retomado com a peregrinação de Helena (a mãe de Constantino, o Grande) à Terra Santa c. 326-28. Segundo o historiador da igreja Sócrates de Constantinopla, Helena (com a assistência do bispo Macário de Jerusalém) afirmou ter encontrado a cruz de Cristo, depois de remover um templo de Vênus (atribuído a Adriano) que havia sido construído sobre o local.[20] (Por esse motivo, ela é vista como a santa padroeira dos arqueólogos). Jerusalém recebeu um reconhecimento especial no cânon VII de Niceia em 325.[21][nt 9] A data de fundação tradicional da Irmandade do Santo Sepulcro (que guarda os lugares sagrados cristãos na Terra Santa ) é 313, que corresponde à data do edito de Milão que legalizou o Cristianismo no Império Romano. Mais tarde, Jerusalém foi nomeada como uma das Pentarquias, mas isso nunca foi aceito pela igreja de Roma.[22][23][nt 10][nt 11] Veja também Cisma Leste-Oeste # Perspectivas de reconciliação.
Antioquia
Igreja de São Pedro, perto de Antioquia, na Turquia, disse ser o local onde São Pedro pregou o Evangelho pela primeira vez em Antioquia romana .
Antioquia, um importante centro da Grécia helenística e a terceira cidade mais importante do Império Romano, então parte da província da Síria, hoje uma ruína perto de Antáquia, na Turquia, foi onde os cristãos foram chamados primeiro de cristãos e também a localização do incidente em Antioquia.[24][25] Era o local de uma igreja primitiva, tradicionalmente considerada fundada por Pedro, considerado o primeiro bispo. O Evangelho de Mateus e as Constituições Apostólicas podem ter sido escritos lá. O pai da igreja, Inácio de Antioquia, foi seu terceiro bispo. A Escola de Antioquia, fundada em 270, foi um dos dois principais centros de aprendizado da igreja primitiva. Os Evangelhos Curetonianos e o Sinaiticus Siríaco são dois tipos de texto do Novo Testamento anteriores (pré- Peshitta) associados ao Cristianismo Siríaco. Foi um dos três cujos bispos foram reconhecidos no Primeiro Concílio de Niceia (325) como exercendo jurisdição sobre os territórios adjacentes.[26][nt 12]
Alexandria
Alexandria, no delta do Nilo, foi estabelecida por Alexandre, o Grande. Suas famosas bibliotecas eram um centro de aprendizado helenístico. A tradução da Septuaginta do Antigo Testamento começou lá e o tipo de texto alexandrino é reconhecido pelos estudiosos como um dos primeiros tipos do Novo Testamento. Tinha uma população judaica significativa, da qual Fílon de Alexandria é provavelmente o autor mais conhecido.[27] Produziu escrituras superiores e pais notáveis da igreja, como Clemente, Orígenes e Atanásio, também dignos de nota foram os Pais do Deserto nas proximidades.[28][nt 13] No final da era, Alexandria, Roma e Antioquia receberam autoridade sobre os metropolitanos próximos. O Concílio de Niceia, no cânon VI, afirmou a autoridade tradicional de Alexandria sobre o Egito, a Líbia e Pentápolis (África do Norte) ( diocese do Egito) e provavelmente concedeu a Alexandria o direito de declarar uma data universal para a observância da Páscoa (Controvérsia da Páscoa).[29][nt 14] Alguns postulam, no entanto, que Alexandria não era apenas um centro do Cristianismo, mas também um centro de seitas gnósticas baseadas em cristãos.
Asias menor
Anatólia Ocidental mostrando as " Sete Igrejas da Ásia " e a ilha grega de Patmos .
A tradição do João Apóstolo era forte na Anatólia (o Oriente próximo, parte da Turquia moderna, a parte ocidental era chamada província romana da Ásia). A autoria das obras joaninas ocorreu tradicionalmente e plausivelmente em Éfeso, c. 90–110, embora alguns estudiosos defendam uma origem na Síria.[30] De acordo com o Novo Testamento, o apóstolo Paulo era de Tarso (no centro-sul da Anatólia) e suas viagens missionárias eram principalmente na Anatólia. O livro do Apocalipse, que se acredita ser de autoria de João de Patmos (uma ilha grega a cerca de 48 quilômetros da costa da Anatólia), menciona sete igrejas da Ásia. A Primeira Epístola de Pedro (1,1–2 ) é dirigida às regiões da Anatólia. Na costa sudeste do Mar Negro, o Ponto era uma colônia grega mencionada três vezes no Novo Testamento. Os habitantes do Ponto foram alguns dos primeiros convertidos ao Cristianismo. Plínio, governador em 110, em suas cartas, dirigiu-se aos cristãos em Ponto. Das cartas existentes de Inácio de Antioquia consideradas autênticas, cinco das sete são para cidades da Anatólia, a sexta é para Policarpo. Esmirna era o lar de Policarpo, o bispo que supostamente conhecia o apóstolo João pessoalmente, e provavelmente também de seu discípulo Irineu. Acredita-se também que Papias de Hierápolis tenha sido aluno do apóstolo João. No século II, a Anatólia era o lar do quartodecimanismo, montanismo, Marcião de Sinope e Melitão de Sardes, que gravaram um cânone bíblico cristão primitivo. Após a crise do século III, a Nicomédia tornou-se a capital do Império Romano do Oriente em 286. O Sínodo de Ancira foi realizado em 314. Em 325, o imperador Constantino convocou o primeiro concílio ecumênico cristão em Niceia e em 330 mudou a capital do império reunificado para Bizâncio (também um antigo centro cristão e do outro lado do Bósforo da Anatólia, mais tarde chamado Constantinopla), conhecido como Império Bizantino, que durou até 1453.[31][nt 15] Os primeiros sete Concílios Ecumênicos foram realizados na Anatólia Ocidental ou através do Bósforo em Constantinopla.
Cesareia
aqueduto romano em Cesareia Marítima.
Cesareia, no litoral a noroeste de Jerusalém, a princípio Cesareia Marítima, depois de 133 Cesareia da Palestina, foi construída por Herodes, o Grande, 25−13 a.C., e foi a capital da província da romana da Judeia (6–132) e, mais tarde, Palestina Prima. Foi lá que Pedro batizou o centurião Cornélio, considerado o primeiro gentio convertido. O apóstolo Paulo procurou refúgio lá, uma vez que ficou na casa de Filipe, o Evangelista, como também lá ficou preso por dois anos (estimado em 57–59). As Constituições Apostólicas (7.46) afirmam que o primeiro Bispo de Cesareia foi Zaqueu, o publicano, mas a Enciclopédia Católica afirma que: "... não há registro de bispos de Cesareia até o século II. No final deste século, um concílio [regional] foi realizado lá para regular a celebração da Páscoa." [32][nt 16] De acordo com outro artigo da Enciclopédia Católica, após o cerco de Adriano a Jerusalém (c.133), Cesareia se tornou a cidade metropolitana com o bispo de Jerusalém como um de seus "sufragistas" (subordinados).[33][nt 17] Orígenes (254) compilou seu Hexapla lá e realizou uma famosa biblioteca e escola teológica, Santo Pânfilo (f.309) era um notável erudito-sacerdote. São Gregório, o trabalhador das maravilhas (f.270), São Basílio o Grande (f.379) e São Jerônimo (f.420) visitaram e estudaram na biblioteca que foi destruída mais tarde, provavelmente pelos persas em 614 ou os sarracenos por volta de 637.[34] O primeiro historiador importante da igreja, Eusébio de Cesareia, foi bispo, c. 314-339. F.J.A. Hort e Adolf von Harnack argumentaram que o Credo Niceno se originou em Cesareia. O tipo de texto cesariano é reconhecido por muitos estudiosos do texto como um dos primeiros tipos do Novo Testamento.
Chipre
 
Pafos foi a capital da ilha de Chipre durante os anos romanos e sede de um comandante romano. Em 45 d.C., os apóstolos Paulo e Barnabé (de acordo com a Enciclopédia Católica "um nativo da ilha") chegaram a Chipre e alcançaram Pafos pregando a Palavra de Cristo (Atos 13, 4-13). Segundo Atos, os apóstolos foram perseguidos pelos romanos, mas conseguiram convencer o comandante romano Sérgio Paulo a renunciar à sua antiga religião em favor do Cristianismo. Barnabé é tradicionalmente identificado como o fundador da Igreja Ortodoxa Cipriota.[35]
Damasco
Capela de São Paulo, disse Bab Kisan, onde São Paulo escapou da Velha Damasco
Damasco é a capital da Síria e afirma ser a cidade mais antiga e continuamente habitada do mundo. Segundo o Novo Testamento, o apóstolo Paulo foi convertido no caminho para Damasco. Nos três relatos (atos 9,1-20; 22,1-22 e 26,1-24), ele é descrito como sendo liderado por aqueles com quem estava viajando, cego pela luz, para Damasco, onde sua visão foi restaurada por um discípulo chamado Ananias (que, segundo a Enciclopédia Católica, acredita-se ter sido o primeiro bispo de Damasco), e por meio dele Paulo foi batizado.
Grécia
Tessalônica, a principal cidade do norte da Grécia, onde se acredita que o Cristianismo foi fundado por Paulo, portanto uma Sé Apostólica, e as regiões vizinhas da Macedônia, Trácia e Epiro, que também se estendem aos estados vizinhos dos Balcãs na Albânia e na Bulgária, foram os primeiros centros do Cristianismo. Digno de nota são as epístolas de Paulo aos tessalonicenses e a Filipos, que costuma ser considerado o primeiro contato do Cristianismo com a Europa.[36][nt 18] O Padre Apostólico Policarpo escreveu uma carta aos Filipenses (c.125).
Nicópolis era uma cidade na província romana de Epiro Veto, hoje uma ruína na parte norte da costa ocidental da Grécia. De acordo com a Enciclopédia Católica: "São Paulo pretendia ir para lá (Tito 3,12) e é possível que, mesmo assim, tenha numerado alguns cristãos entre sua população; Orígenes (c. 185-254) permaneceu ali por um tempo (Eusébio, História da Igreja VI.16)".
A antiga Corinto, hoje uma ruína próxima à moderna Corinto no sul da Grécia, foi um dos primeiros centros do Cristianismo. Segundo a Enciclopédia Católica: "São Paulo pregou com sucesso em Corinto, onde morava na casa de Áquila e Priscila (Atos 18,1), onde Silas e Timóteo logo se juntaram a ele. Após sua partida, ele foi substituído por Apolo, que fora enviado de Éfeso por Priscila. O apóstolo visitou Corinto pelo menos mais uma vez. Ele escreveu aos coríntios em 57 de Éfeso e depois da Macedônia no mesmo ano, ou em 58 . A famosa carta de São Clemente de Roma à igreja de Corinto (cerca de 96) exibe as primeiras evidências sobre o primado eclesiástico da Igreja Romana. Além de São Apolo, Michel Le Quien (II, 155) menciona quarenta e três bispos: entre eles, São Sóstenes (?), O discípulo de São Paulo, São Dionísio; Paulo, irmão de São Pedro..."[37]
Atenas, a capital e maior cidade da Grécia, foi visitada por Paulo. De acordo com a Enciclopédia Católica: Paulo "chegou a Atenas da Bereia da Macedônia, chegando provavelmente por água e desembarcando nos Peiræevs, o porto de Atenas. Isso foi por volta do ano 53. Chegando a Atenas, ele imediatamente chamou Silas e Timóteo, que haviam ficado para trás na Bereia. Enquanto aguardava a chegada deles, ele ficou em Atenas, vendo a cidade idólatra e frequentando a sinagoga; pois já havia judeus em Atenas. ...Parece que uma comunidade cristã se formou rapidamente, embora por um tempo considerável não possuísse numerosos membros. A tradição mais comum nomeia o Areopagita como o primeiro chefe e bispo dos atenienses cristãos. Outra tradição, no entanto, confere essa honra a Hieroteu , o Thesmothete. Os sucessores do primeiro bispo não eram todos atenienses por linhagem. Eles são catalogados como Narkissos, Públio e Quadrado. Afirma-se que Narkissos veio da Palestina e Públio de Malta . Em algumas listas, Narkissos é omitido. Quadrado é reverenciado por ter contribuído para a literatura cristã primitiva escrevendo um apologia, que dirigiu ao imperador Adriano. Isso foi por ocasião da visita de Adriano a Atenas. Aristeides dedicou uma apologia ao imperador Adriano por volta de 134. Atenágoras também escreveu uma apologia. No segundo século, deve ter havido uma considerável comunidade de cristãos em Atenas, pois Higino, bispo de Roma, escreveu uma carta à comunidade no ano 139."
Gortyn, em Creta, era aliada de Roma e, portanto, capital de romana em Creta e Cirenaica . Acredita-se que São Tito tenha sido o primeiro bispo. A cidade foi saqueada pelo pirata Abu Hafs em 828.
Trácia
O apóstolo Paulo, pregou na Macedônia e também em Filipos, localizado na Trácia, na costa do mar da Trácia. Segundo Hipólito de Roma, o Apóstolo André pregou na Trácia, na costa do Mar Negro e ao longo do curso inferior do rio Danúbio. A propagação do Cristianismo entre os trácios e o surgimento de centros do Cristianismo como Serdica (atual Sofia), Philippopolis (atual Plovdiv) e Durostorum provavelmente teriam começado com essas primeiras missões apostólicas. O primeiro mosteiro cristão na Europa foi fundado na Trácia, em 344, por Santo Atanásio, perto de Cirpan, na Bulgária, após o Concílio de Serdica.[38]
Líbia
Cirene e a região circundante de Cirenaica ou a "Pentápolis" norte-africana, ao sul do Mediterrâneo da Grécia, a parte nordeste da moderna Líbia, eram uma colônia grega no norte da África mais tarde convertida em uma província romana. Além de gregos e romanos, havia também uma população judaica significativa, pelo menos até a Guerra de Kitos (115-117). De acordo com Marcos 15,21, Simão de Cirene ajudou a carregar a cruz de Jesus. Os cirenos também são mencionados em Atos 2,10; 6,9, 11,20 e 13,1. Segundo a Enciclopédia Católica : "Lequien menciona seis bispos de Cirene e, segundo a lenda bizantina, o primeiro foi São Lúcio (Atos 13,1); São Teodoro sofreu o martírio sob Diocleciano" (284-305).
Império Romano do Ocidente
Roma
Basílica de São Pedro, que se acredita ser o local do enterro de São Pedro, visto do rio Tibre
É difícil determinar exatamente quando os cristãos apareceram pela primeira vez em Roma (ver Godfearers, Prosélito e História dos Judeus no Império Romano para o histórico). Os Atos dos Apóstolos afirmam que o casal cristão judeu Priscila e Áquila havia recentemente chegado de Roma a Corinto quando, por volta do ano 50, Paulo chegou à última cidade, indicando que a crença em Jesus em Roma havia precedido Paulo.[39]
Os historiadores consistentemente consideram que Pedro e Paulo foram martirizados em Roma sob o reinado de Nero[40][41][42] em 64, após o Grande Incêndio de Roma que, segundo Tácito, o Imperador culpou os cristãos.[43] No século II, Irineu de Lyon, refletindo a visão antiga de que a igreja não poderia estar totalmente presente em nenhum lugar sem um bispo, registrou que Pedro e Paulo haviam sido os fundadores da Igreja em Roma e nomearam Lino como bispo.[44][45]
No entanto, Irineu não diz que Pedro ou Paulo eram "bispos" da Igreja em Roma e vários historiadores questionaram se Pedro passou muito tempo em Roma antes de seu martírio. Enquanto a igreja em Roma já estava florescendo quando Paulo escreveu sua Epístola aos Romanos a partir de Corinto (c.58)[46] ele atesta uma grande comunidade cristã já lá[43] e cumprimenta cerca de cinquenta pessoas em Roma pelo nome, mas não Pedro, a quem ele conhecia. Também não há menção a Pedro em Roma mais tarde, durante os dois anos de Paulo em Ato 28, por volta de 60–62. Provavelmente, ele não passou nenhum tempo importante em Roma antes de 58, quando Paulo escreveu aos romanos, e assim pode ter sido apenas nos anos 60 e relativamente pouco antes do seu martírio que Pedro veio à capital.[47]
Oscar Cullmann rejeitou fortemente a alegação de que Pedro começou a sucessão papal [48] e conclui que, embora Pedro fosse o chefe original dos apóstolos, Pedro não foi o fundador de nenhuma sucessão visível da igreja.[49]
Cristo Pantocrator de um mosaico romano na igreja de Santa Pudenziana em Roma, 410 d.C.
A sede original do poder imperial romano logo se tornou um centro de autoridade da igreja, cresceu em poder década a década e foi reconhecida durante o período dos Sete Concílios Ecumênicos, quando a sede do governo foi transferida para Constantinopla, como a "cabeça" da Igreja.[50]
Roma e Alexandria, que por tradição detinham autoridade sobre as vistas fora de sua própria província,[51] ainda não eram chamadas de patriarcados.[52]
Os primeiros bispos de Roma eram todos de língua grega, sendo os mais notáveis: o Papa Clemente I (c. 88-97), autor de uma Epístola à Igreja em Corinto; Papa Telésforo (c. 126–136), provavelmente o único mártir entre eles; Papa Pio I (c. 141–154), declarado pelo fragmento muratoriano como irmão do autor do pastor de Hermas; e o papa Aniceto (c. 155-160), que recebeu São Policarpo e discutiu com ele a data da Páscoa.[43]
O papa Victor I (189–198) foi o primeiro escritor eclesiástico conhecido por ter escrito em latim; no entanto, suas únicas obras existentes são suas encíclicas, que naturalmente seriam publicadas em latim e em grego.[53]
Os textos do Novo Testamento grego foram traduzidos para o latim desde o início, bem antes de Jerônimo, e são classificados como o Vetus Latina e tipo de texto Ocidental.
Durante o século II, cristãos e semi-cristãos de diversas visões se reuniram em Roma, notadamente Marcião e Valentim, e no século III houve cismas relacionados com Hipólito de Roma e Novaciano.[43]
A igreja romana sobreviveu a várias perseguições. Entre os cristãos proeminentes executados como resultado de sua recusa em realizar atos de adoração aos deuses romanos, conforme ordenado pelo imperador Valeriano em 258, estavam Cipriano, bispo de Cartago.[54] A última e mais severa das perseguições imperiais foi a de Diocleciano, em 303; eles terminaram em Roma e no Ocidente em geral, com a adesão de Maxêncio em 306.
Cartago
Cartago, na província romana da África, ao sul do Mediterrâneo, a partir de Roma, deu à igreja primitiva os pais latinos Tertuliano[55] (c. 120 – c. 220) e Cipriano[56] (f. 258). Cartago caiu para o Islã em 698.
Gália do Sul
Amphithéâtre des Trois-Gaules, em Lyon. O poste na arena é um memorial às pessoas mortas durante a perseguição.
A costa mediterrânea da França e o vale do Ródano, então parte romana Gallia Narbonense, foram os primeiros centros do Cristianismo. As principais cidades são Arles, Avignon, Vienne, Lyon e Marselha (a cidade mais antiga da França). A perseguição em Lyon ocorreu em 177. O Padre Apostólico Irineu, da Esmirna da Anatólia, foi bispo de Lyon perto do final do século II e afirmou que Santo Potino era seu antecessor. O Conselho de Arles em 314 é considerado um precursor dos conselhos ecumênicos. A teoria de Efesina atribui o Rito Galicano a Lyon.
Itália fora de Roma
Aquileia
A antiga cidade romana de Aquileia, à beira do mar Adriático, hoje um dos principais sítios arqueológicos do norte da Itália, foi um dos primeiros centros do Cristianismo que se diz ter sido fundado por Marcos antes de sua missão em Alexandria. Acredita-se que Hermágoras de Aquileia seja seu primeiro bispo. O Rito Aquiliano está associado a Aquileia.
Milão
Acredita-se que a Igreja de Milão, no noroeste da Itália, foi fundada pelo apóstolo Barnabé no século I. Gervásio e Protásio e outros foram martirizados lá. Há muito tempo mantém seu próprio rito conhecido como Rito Ambrosiano atribuído a Ambrósio (nascido em 330), que foi bispo em 374-397 e uma das figuras eclesiásticas mais influentes do século IV. Duchesne argumenta que o Rito Galicano se originou em Milão.
Siracusa e Calábria
Siracusa foi fundada por colonos gregos em 733 ou 734 a.C., parte da Magna Grécia. Segundo a Enciclopédia Católica: "Siracusa afirma ser a segunda Igreja fundada por São Pedro, depois da de Antioquia. Ele também afirma que São Paulo pregou lá. ...Nos tempos de São Cipriano (meados do século III), o Cristianismo certamente floresceu em Siracusa, e as catacumbas mostram claramente que esse foi o caso no segundo século". Do outro lado do estreito de Messina, a Calábria no continente também foi provavelmente um dos primeiros centros do Cristianismo.[57]
Malta
Ilhas São Paulo, perto da Baía de São Paulo, tradicionalmente identificadas como o local em que São Paulo naufragou
De acordo com Atos, Paulo foi naufragado e ministrado em uma ilha que alguns estudiosos identificaram como Malta (uma ilha ao sul da Sicília) por três meses, período durante o qual ele teria sido mordido por uma víbora venenosa e sobreviveu (Atos 27,2942; 28,-11), um evento geralmente datado de 60 d.C. Paulo foi autorizado a passar de Cesareia Marítima a Roma por Pórcio Festo, procurador da Província da Judeia, para ser julgado perante o Imperador. Muitas tradições estão associadas a esse episódio, e as catacumbas em Rabat testemunham uma comunidade cristã primitiva nas ilhas. Segundo a tradição, Públio, o governador romano de Malta na época do naufrágio de São Paulo, tornou-se o primeiro bispo de Malta após sua conversão ao Cristianismo. Depois de governar a Igreja de Malta por trinta e um anos, Públio foi transferido para a Sé de Atenas em 90 d.C., onde foi martirizado em 125 d.C. Há poucas informações sobre a continuidade do Cristianismo em Malta nos anos subsequentes, embora a tradição diga que havia uma linha contínua de bispos desde os dias de São Paulo até a época do imperador Constantino.
Salona
Salona, capital da província romana da Dalmácia, na costa oriental do Mar Adriático, foi um antigo centro do Cristianismo e hoje é uma ruína na Croácia moderna. Segundo a Enciclopédia Católica, era onde: "...Tito, o discípulo de São Paulo, pregou, onde os seguidores de Jesus Cristo derramaram seu sangue como mártires e onde foram descobertos belos exemplos de basílicas e outras esculturas cristãs primitivas". Segundo o artigo da Enciclopédia Católica sobre a Dalmácia: "Salona se tornou o centro a partir do qual o Cristianismo se espalhou. Na Panônia, Santo Andrônico fundou a Sé de Sírio (Mitrovica) e, posteriormente, as de Síscia e Mursia. A perseguição cruel de Diocleciano, que era dálmata de nascimento, deixou numerosos vestígios na Velha Dalmácia e na Panônia. São Quirino, bispo de Síscia, morreu mártir em 303 d.C. São Jerônimo nasceu em Strido, uma cidade na fronteira da Panônia e Dalmácia."
Sevilha
Sevilha era a capital da Hispânia Bética ou província romana do sul da Espanha. Segundo a Enciclopédia Católica: "... a origem da diocese remonta aos tempos apostólicos, ou pelo menos ao primeiro século de nossa era. St. Gerontius, bispo de Itálica (a cerca de seis quilômetros de Hispalis ou Sevilha), pregou em Bética nos tempos apostólicos, e sem dúvida deve ter deixado um pastor próprio em Sevilha. É certo que em 303, quando as Santas Justa e Rufina, os ceramistas, sofreram o martírio por se recusarem a adorar o ídolo Salambo, havia um bispo de Sevilha,Sabino, que ajudou no Conselho de Elvira (287). Antes disso, Marcelo havia sido bispo, como aparece em um catálogo dos antigos prelados de Sevilha preservados no 'Codex Emilianensis', um manuscrito do ano 1000, agora no Escorial. Quando Constantino trouxe a paz à Igreja, Evódio era bispo de Sevilha; ele se propôs a reconstruir as igrejas em ruínas, entre elas parece ter construído a igreja de São Vicente, talvez a primeira catedral de Sevilha". O Cristianismo primitivo também se espalhou da península ibérica ao sul, através do Estreito de Gibraltar, até a romana Mauritânia Tingitana, com destaque para Marcelo de Tânger, que foi martirizado em 298.
Grã-Bretanha romana
O Cristianismo atingiu a Grã-Bretanha romana no século III, sendo os primeiros mártires registrados na Grã-Bretanha São Albano de Verulâmio e Júlio e Arão de Caerleon, durante o reinado de Diocleciano (284–305). Gildas datou a chegada da fé à última parte do reinado de Tibério, embora as histórias que a conectam a José de Arimateia, Lúcio ou Fagan sejam agora consideradas falsas piedosas. Restitutus, bispo de Londres, é registrado como participante do Conselho de Arles 314, junto com o bispo de Lincoln e o bispo de York.
A Cristianização se intensificou e evoluiu para o cristianismo celta depois que os romanos deixaram a Grã-Bretanha em 410.
Fora do Império Romano
O Cristianismo também se espalhou para além do Império Romano durante o período cristão inicial.
Armênia
Aceita-se que a Armênia tenha se tornado o primeiro país a adotar o Cristianismo como religião de estado. O Cristianismo se tornou a religião oficial da Armênia em 301,[58] quando ainda era ilegal no Império Romano. De acordo com a tradição da igreja, a Igreja Apostólica Armênia foi fundada por Gregório, o Iluminador, do final do terceiro século - início do quarto século, enquanto elas remontam às missões do apóstolo Bartolomeu e do apóstolo Judas Tadeu no século I. Embora há muito se afirme que a Armênia foi o primeiro reino cristão, segundo alguns estudiosos, isso se baseou em uma fonte de Agathangelos intitulada "A História dos Armênios", que foi recentemente redigida, lançando algumas dúvidas.[59]
Etiópia
Alguns estudiosos afirmam que novas evidências sugerem que a Etiópia foi o primeiro país a adotar o Cristianismo como religião de estado.[59][60] De acordo com registros escritos na língua Ge'ez, veja também Igreja Ortodoxa Etíope de Tewahedo, a região hoje conhecida como Etiópia convertida ao judaísmo durante o tempo da rainha bíblica de Sabá e Salomão. De acordo com o historiador ocidental do século IV, Rufino de Aquileia, foi Frumêncio quem levou o Cristianismo à Etiópia (cidade de Axum) e serviu como seu primeiro bispo, provavelmente logo após em 325.[61]
Geórgia
O Cristianismo na Geórgia (antiga Ibéria) remonta ao século IV, se não antes.[62] O rei ibérico, Meribanes III, converteu-se ao Cristianismo, provavelmente em 326.
Mesopotâmia e o Império Parta
Edessa, que foi detida por Roma de 116 a 118 e 212 a 214, mas era na sua maioria um reino cliente associado a Roma ou à Pérsia, era uma importante cidade cristã. Pouco depois de 201 ou mesmo antes, a sua casa real tornou-se cristã.[63]
Edessa (agora Şanlıurfa), no noroeste da Mesopotâmia, era desde os tempos apostólicos o principal centro do Cristianismo de fala síria. Foi a capital de um reino independente de 132 a 216, quando se tornou tributário de Roma. Celebrada como um importante centro da cultura greco-síria, Edessa também era conhecida por sua comunidade judaica, com prosélitos da família real. Estrategicamente localizado nas principais rotas comerciais do Crescente Fértil, era facilmente acessível a partir de Antioquia, onde foi inaugurada a missão aos gentios. Quando os primeiros cristãos foram espalhados no exterior por causa de perseguição, alguns encontraram refúgio em Edessa. Assim, a igreja edessana traçou sua origem até a era apostólica (que pode ser responsável por seu rápido crescimento), e o Cristianismo se tornou a religião do estado por um tempo.
A Igreja do Oriente teve seu início muito cedo na zona tampão entre os impérios parta e romano na Alta Mesopotâmia, conhecida como Igreja Assíria do Oriente. As vicissitudes de seu crescimento posterior estavam enraizadas em seu status minoritário em uma situação de tensão internacional. Os governantes do Império Parta (250–226 a.C.) eram em geral tolerantes em espírito e, com as fés mais antigas da Babilônia e da Assíria em estado de decadência, o tempo estava maduro para uma nova e vital fé. Os governantes do Segundo Império Persa (226-640) também seguiram uma política de tolerância religiosa para começar, embora mais tarde tenham dado aos cristãos o mesmo estatuto que uma raça sujeita. No entanto, estes governantes também encorajaram o renascimento da antiga fé persa dualista de zoroastrianismo e estabeleceu-a como a religião do Estado, com o resultado de que os cristãos eram cada vez mais sujeitos a medidas repressivas. No entanto, só quando o Cristianismo se tornou a religião do Estado no Ocidente (380) é que a inimizade em relação a Roma se centrou nos cristãos do Oriente. Após a conquista muçulmana no século VII, o califado tolerou outras religiões, mas proibiu o proselitismo e sujeitou os cristãos a pesados impostos.
O missionário Tadeu (Adai) evangelizou a Mesopotâmia (Iraque moderno) em meados do século II. Uma lenda antiga registrada por Eusébio (260–340) e também encontrada em Doutrina de Adai (c. 400) (a partir de informações nos arquivos reais de Edessa) descreve como o rei Abgar V de Edessa comunicou a Jesus, pedindo-lhe que viesse curá-lo, para o que recebeu uma resposta. Diz-se que, após a ressurreição, o Tomé enviou Adai (ou Tadeu de Edessa) ao rei, com o resultado de que a cidade foi conquistada pela fé cristã. Nesta missão, ele foi acompanhado por um discípulo, Mari, e os dois são considerados cofundadores da igreja, de acordo com a Liturgia de Adai e Mari (c. 200), que ainda é a liturgia normal da igreja assíria. A Doutrina de Adai afirma ainda que Tomé era considerado apóstolo da igreja em Edessa.
Adai, que se tornou o primeiro bispo de Edessa, foi sucedido por Agai, depois por Palut, que foi ordenado cerca de 200 por Serapião de Antioquia . Daí veio a nós no século II a famosa Peshitta, ou tradução siríaca do Antigo Testamento; também o Diatessaron de Taciano, que foi compilado por volta de 172 e de uso comum até que São Rábula, bispo de Edessa (412-435), proibiu seu uso. Esse arranjo dos quatro evangelhos canônicos como uma narrativa contínua, cuja língua original pode ter sido siríaca, grega ou mesmo latina, circulou amplamente nas igrejas de língua siríaca.[64]
Um concílio cristão foi realizado em Edessa já em 197.[65] Em 201, a cidade foi devastada por uma grande inundação e a igreja cristã foi destruída.[66] Em 232, os Atos Siríacos foram escritos supostamente no caso das relíquias do apóstolo Tomé serem entregues à igreja em Edessa. Sob o domínio romano, muitos mártires sofreram em Edessa: São Xarbil e São Barsamia, sob Décio; São Gurja, São Xamona, São Habibe e outros sob Diocleciano. Enquanto isso, sacerdotes cristãos de Edessa haviam evangelizado a Mesopotâmia Oriental e a Pérsia e fundado as primeiras igrejas no reino dos sasanianos.[67] Atillâtiâ, bispo de Edessa, participou do Primeiro Concílio de Niceia em 325.
Pérsia e Ásia Central
Na segunda metade do século II, o Cristianismo havia se espalhado para o leste por toda a mídia, Pérsia, Pártia e Báctria. Os vinte bispos e muitos presbíteros eram mais da ordem dos missionários itinerantes, passando de um lugar para outro como Paulo e suprindo suas necessidades com ocupações como comerciante ou artesão. Em 280, a metrópole de Seleucia assumiu o título de "Católica" e, em 424, um concílio da igreja em Seleucia elegeu o primeiro patriarca a ter jurisdição sobre toda a igreja do Oriente. A sede do Patriarcado foi fixada em Seleucia-Ctesiphon, uma vez que este era um ponto importante nas rotas comerciais Leste-Oeste, que se estendiam tanto à Índia e China, Java e Japão. Assim, a mudança da autoridade eclesiástica se afastou de Edessa, que em 216 se tornara tributária de Roma. O estabelecimento de um patriarcado independente com nove metrópoles subordinadas contribuiu para uma atitude mais favorável do governo persa, que não precisava mais temer uma aliança eclesiástica com o inimigo comum, Roma.
Quando Edessa foi incorporada ao Império Sassânida em 258, a cidade de Arbela, situada no Tigre no atual Iraque, assumia cada vez mais o papel que Edessa havia desempenhado nos primeiros anos, como centro de que o Cristianismo se espalhou para o resto do império persa.[68]
Bardesanes, escrevendo cerca de 196, fala de cristãos em toda a Média, Pártia e Báctria (atual Afeganistão)[69] e, de acordo com Tertuliano (c. 160-230), já havia vários bispados no Império Persa em 220.[68] Em 315, o bispo de Seleucia–Ctesiphon havia assumido o título "Católico". Nessa época, Edessa e Arbela não eram mais o centro da Igreja do Oriente; a autoridade eclesiástica havia se mudado para o leste, no coração do Império Persa. As cidades gêmeas de Seleucia-Ctesiphon, bem situadas nas principais rotas comerciais entre o Oriente e o Ocidente, tornaram-se, nas palavras de John Stewart, "um magnífico centro para a igreja missionária que entrava na sua grande tarefa de levar o evangelho para o Extremo Oriente".[70]
Quando Constantino se converteu ao Cristianismo, e o Império Romano, que antes era violentamente anticristão, tornou-se pró-cristão, o Império Persa, suspeitando de um novo "inimigo interno", tornou-se violentamente anticristão. Dentro de alguns anos, Sapor II (309-379) inaugurou uma perseguição de vinte anos à igreja com o assassinato de Mar Shimun, os católicos de Seleucia-Ctesiphon, 5 bispos e 100 sacerdotes na Sexta-feira Santa, de 344, depois de o Patriarca se ter recusado a cobrar um duplo imposto aos cristãos para ajudar o esforço de guerra persa contra Roma.[68] (Ver cristianismo no Irã).
Península Arábica
Para entender a penetração da península arábica pelo evangelho cristão, é útil distinguir entre os nômades beduínos do interior, que eram principalmente pastores e não receptivos ao controle estrangeiro, e os habitantes das comunidades assentadas das áreas costeiras e oásis, que eram comerciantes intermediários ou agricultores e eram receptivos a influências do exterior. Aparentemente, o Cristianismo ganhou sua posição mais forte no antigo centro da civilização semítica no sudoeste da Arábia ou no Iêmen (às vezes conhecido como Seba ou Sabá, cuja rainha visitou Salomão). Por causa da proximidade geográfica, a aculturação com a Etiópia sempre foi forte, e a família real atribui sua origem a essa rainha.
A presença de árabes no Pentecostes e a permanência de três anos de Paulo na Arábia sugerem uma testemunha do evangelho muito cedo. Uma história da igreja do século IV afirma que o apóstolo Bartolomeu pregou na Arábia e que os himiaritas estavam entre seus convertidos. A Igreja de Jubail, no que é hoje a Arábia Saudita, foi construída no século IV. As estreitas relações da Arábia com a Etiópia dão significado à conversão do tesoureiro (eunuco) à rainha da Etiópia, sem mencionar a tradição de que o apóstolo Mateus foi designado para esta terra. Eusébio diz que "um Panteno (c. 190) foi enviado de Alexandria como missionário para as nações do Oriente", incluindo o sudoeste da Arábia, a caminho da Índia.
Núbia
O Cristianismo chegou cedo em Núbia. No Novo Testamento da Bíblia cristã, um oficial do tesouro de "Candace, rainha dos etíopes", retornando de uma viagem a Jerusalém, foi batizado por Filipe, o Evangelista:
Então o anjo do Senhor disse a Filipe: Comece e vá para o sul, pela estrada que desce de Jerusalém a Gaza, que é deserto. E ele se levantou e foi: E eis que um homem da Etiópia, um eunuco de grande autoridade sob Candace, rainha de E-thi-o'pipi-ans, que tinha o controle de todo o seu tesouro, e tinha vindo a Jerusalém para adorar.[71]
A Etiópia naquela época significava qualquer região do alto Nilo. Candace era o nome e talvez o título das rainhas Meroé ou cuxita.
No século IV, o bispo Atanásio de Alexandria consagrou Marcus como bispo de Filas antes de sua morte em 373, mostrando que o Cristianismo havia penetrado permanentemente na região. João de Éfeso registra que um sacerdote monofisista chamado Juliano converteu o rei e seus nobres de Nobatia por volta de 545 e outro reino de Alodia por volta de 569. No século VII, o reino de Macúria se expandiu, tornando-se o poder dominante na região, forte o suficiente para interromper a expansão do sul do Islã depois que os árabes tomaram o Egito. Após várias invasões fracassadas, os novos governantes concordaram com um tratado com Dongola, permitindo a coexistência e o comércio pacíficos. Esse tratado durou 600 anos, permitindo que comerciantes árabes introduzissem o Islã na Núbia e gradualmente substituiu o Cristianismo. O último registro de um bispo está em Qasr Ibrim, em 1372.







Quando a igreja Cresceu.

A história do cristianismo é o estudo da religião baseada nos ensinamentos de Jesus de Nazaré. O cristianismo tornar-se-ia numa das maiores religiões, afetando várias outras e mudando o curso da história humana (ver: impacto do cristianismo na civilização). Isso diz respeito principalmente a religião cristã e da Igreja, até a era atual e as denominações. O cristianismo difere significativamente das outras religiões abraâmicas na afirmação de que Jesus Cristo é o Filho de Deus. A grande maioria dos cristãos acreditam num Deus trino formado por três pessoas unidas e distintas: Pai, Filho e Espírito Santo. Ao longo da sua história, a religião tem resistido a cismas e a disputas teológicas que resultaram em muitas igrejas distintas. Os maiores ramos do cristianismo são a Igreja Católica Romana, a Igreja Ortodoxa, as Igrejas protestantes.
O cristianismo começou a espalhar-se a partir de Jerusalém, e depois em todo o Oriente Médio, acabando por se tornar a religião oficial da Armênia em 301, da Etiópia em 325 d.C, da Geórgia em 337 d.C, e depois a Igreja estatal do Império Romano em 380 d.C. Tornando-se comum em toda a Europa na Idade Média, ela se expandiu em todo o mundo durante a Era dos Descobrimentos.
Atualmente o cristianismo possui cerca de 2,13 bilhões de fiéis, sendo a maior religião mundial[1][2] adotada por cerca de 33% da população do mundo.[3] É a religião predominante na Europa, América, Oceania e em grande parte de África e partes da Ásia.

Quadro sintético da relação histórica dos principais ramos do Cristianismo
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Restauracionismo
Anabaptistas
Protestantismo
Igreja Anglicana
(rito latino)
Igreja Católica Apostólica Romana
(ritos orientais)
Igrejas Ortodoxas
Igrejas Ortodoxas Orientais
Nestorianismo
(inclui a Igreja Assíria do Oriente e Antiga Igreja do Oriente)
Reforma Protestante
(século XVI)
Cisma do Oriente
(século XI)
Concílio de Éfeso (431 d.C.)
Concílio de Calcedónia (451 d.C.)
Cristianismo primitivo
(comunhão plena)
Cristianismo primitivo (33-325)
Crucificação de Jesus Cristo: A morte e ressurreição de Jesus foi um dos fatos mais importantes para os primeiros anos do cristianismo.
Diego Velázquez, 1632
Museu do Prado
Durante sua história, o cristianismo passou de uma seita judaica do século I para uma religião existente em todo o mundo conhecido na Antiguidade.
Na Judeia, uma das províncias romanas no Oriente, facções políticas locais se degladiavam em fins do século I a.C. De um lado, a aristocracia e os sacerdotes judeus aceitavam a dominação romana, pois os primeiros obtinham vantagens comerciais e os segundos mantinham o monopólio da religião. Entre as várias seitas judaicas que coexistiam na região, estavam a dos fariseus, voltados para a vida religiosa e o estudo da Torá, e a dos essênios, que pregavam a vinda do Messias, um rei poderoso que lideraria os judeus rumo à independência. Nesse clima de agitação, durante o governo de Otávio, nasceu, em Belém, um judeu chamado Jesus.
As primeiras fontes a respeito da vida de Jesus são os Evangelhos, que relatam o nascimento e os primeiros anos no modesto lar de um artesão de Nazaré. Há um período sobre o qual praticamente não há informações, até que, aos trinta anos, Jesus recebe o batismo pelas mãos de João Batista, nas águas do rio Jordão e começa a pregação de seu ideário. Para os cristãos, Ele seria o Messias esperado pelos judeus. No Sermão da Montanha, descrito nos evangelhos de Mateus e de Lucas, são apresentados os princípios básicos de seu pensamento: para Jesus, a moral, como a religião, era essencialmente individual e a virtude não era social, mas de consciência. Pregava a igualdade entre os homens, o perdão e o amor ao próximo.
Segundo os Evangelhos, as autoridades religiosas judaicas não aceitaram que aquele homem simples, que pregava aos humildes, pudesse ser o rei, o Messias que viria salvá-los (ver: Rejeição de Jesus). Consideraram-no um dissidente e o enquadraram na lei religiosa, condenando-o à morte por crucificação, a ser aplicada pelos romanos (do ponto de vista das autoridades romanas, Jesus era um rebelde político). Levadas pelos seus discípulos, os apóstolos, a diversas partes do Império Romano, as ideias de Jesus frutificaram. O apóstolo Paulo, judeu com cidadania romana, deu caráter universal à nova religião: segundo ele, a mensagem de Jesus, chamado de Cristo (o ungido) por seus seguidores, era dirigida não somente aos judeus, mas a todos os povos. Com Paulo, o cristianismo deixou de ser uma seita do judaísmo para se tornar uma religião autônoma (ver: Paulinismo). Por não aceitarem a divindade imperial e por acreditarem que havia uma única verdade - a de Jesus -, os cristãos foram perseguidos pelos romanos.
Por volta do ano 70, foram escritos os evangelhos atribuídos a Mateus e Marcos, em língua grega. Trinta anos depois, publicava-se o evangelho atribuído a João, e a doutrina da Santíssima Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo) começava a tomar forma.
Apegados ao monoteísmo, os cristãos não juravam o culto divino ao imperador, provocando reações violentas. As perseguições ocorreram em curtos períodos, embora violentos, na medida em que o culto divino ao imperador, estabelecido por Augusto mas formalizado por Domiciano, era aplicado nas províncias.[4] Muitos foram perseguidos, outros morreram nas arenas, devorados por feras. Ao mesmo tempo, cada vez mais pessoas se convertiam ao cristianismo, especialmente pobres e escravos, que se voltavam para a Igreja por acreditarem na promessa de vida eterna no Paraíso.
O poder do cristianismo não podia mais ser ignorado. A partir do momento em que cidadãos ricos do Império Romano se converteram à nova religião, a doutrina, que pregava a igualdade e a liberdade, deixava de representar um perigo social. Aos poucos, a Igreja Católica se institucionalizava e o clero se organizava, numa enorme escalada da hierarquia com o surgimento dos bispos e presbíteros, no lugar de anciãos e superintendentes. O território sob o domínio romano foi dividido em províncias eclesiásticas. Os patriarcas, bispos dos grandes centros urbanos - como Roma, Constantinopla, Antioquia da Síria e Alexandria -, ampliaram seu poder, controlando as províncias. O bispado de Roma procurou se sobrepor aos demais, alegando que o bispo de Roma era o herdeiro do apóstolo Pedro, que teria recebido de Jesus a incumbência de propagar a fé cristã entre os povos.
Em 313, o imperador Constantino fez publicar o Édito de Milão, que instituía a tolerância religiosa no império, beneficiando principalmente os cristãos. Com isso, recebeu apoio em sua luta para se tornar o único imperador e extinguir a tetrarquia. Em 361, assumiu o trono Juliano, que tentou reerguer o paganismo, dando-lhe consistência ético-filosófica e reabrindo os templos. Três anos depois o imperador morreu e, com ele, as tentativas de retomar a antiga religião romana.
Em 391, Teodósio (379-395) oficializou o cristianismo nos territórios romanos e perseguiu os dissidentes. Após seu reinado, o império foi dividido em duas partes. Os filhos de Teodósio assumiram o poder: Arcádio herdou o Império Romano do Oriente, cujo centro político era Constantinopla (antiga Bizâncio, rebatizada em homenagem ao imperador Constantino, localizava-se onde hoje é a cidade turca de Istambul); a Honório coube o Império Romano do Ocidente, com capital em Roma.
O cristianismo primitivo pode ser dividido em duas fases distintas: o período apostólico, quando os primeiros apóstolos estavam vivos e propagaram a fé cristã: e o período pós-apostólico, quando foi desenvolvida uma das primeiras estruturas episcopais e houve uma intensa perseguição aos cristãos. Essa perseguição terminou em 313 sob o governo de Constantino, em 325 ele promulgou o Primeiro Concílio de Niceia, dando início aos concílios ecumênicos.
Igreja Apostólica    
                                                                 
A Igreja Apostólica era uma comunidade liderada pelos apóstolos e pelos parentes e seguidores de Jesus.[5] De acordo com o Novo Testamento, depois de sua ressurreição, Jesus ordenou na Grande Comissão que seus ensinamentos fossem espalhados por todo o mundo. Os Atos dos Apóstolos é a fonte primária de informação sobre esse período. Tradicionalmente atribuído a Lucas, este livro conta a história da igreja primitiva a partir dessa comissão em Atos 1:3-11 até a propagação da religião entre os gentios[6] do leste do Mediterrâneo por Paulo de Tarso e outros.
Os primeiros cristãos eram de etnias judaicas ou judeus prosélitos. Em outras palavras, os primeiros seguidores do cristianismo foram os judeus que Jesus chamou para ser seus primeiros discípulos. Apesar da Grande Comissão de Mateus 28:19-20 ser dirigida a todas as nações, os primeiros cristãos se depararam com uma questão que trouxe problemas para os primeiros líderes da igreja: se os gentios convertidos ao cristianismo precisariam se tornar judeus. Isso geralmente estava associado a circuncisão a adesão de leis dietéticas. Enquanto os judaizantes apoiavam essas restrições, alguns pregadores cristãos, como o apóstolo Paulo, foram contra impor aos novos conversos essas práticas. Além disso, a circuncisão era considerada repulsiva pelos gregos[7] da Bacia do Mediterrâneo. As ações de Pedro na conversão de Cornélio, o Centurião,[8] parecia indicar que não era preciso estar circuncidado, e isso foi debatido e aprovado pelo Concílio Apostólico de Jerusalém. Questões relacionadas são debatidas ainda hoje.
As doutrinas que os apóstolos trouxeram para a Igreja Primitiva entraram em conflito com algumas autoridades religiosas judaicas. Isto levou a expulsão dos cristãos das sinagogas. O livro de Atos dos Apóstolos registra o martírio dos líderes cristãos, como Estêvão e Tiago, filho de Zebedeu. A partir daí, o cristianismo adquiriu uma identidade distinta do judaísmo rabínico. Entretanto, essa diferença não foi reconhecida de uma vez pelo Império Romano. O nome cristão (do grego χριστιανοί) foi aplicado pela primeira vez aos discípulos em Antioquia, conforme registrado em Atos 11:26.[9] Alguns afirmam que o termo cristão foi criado como um nome depreciativo, sendo aplicado como um termo de escárnio para aqueles que seguiram os ensinamentos de Jesus.
Crenças e credos dos cristãos primitivos
Jesus, o Bom Pastor[10]
Catacumba de Calisto, século III
As fontes para as crenças da comunidade cristã primitiva são os Evangelhos e as epístolas do Novo Testamento. Os relatos mais antigos da crença estão contidos nesses textos, como os credos e os hinos cristãos, bem como as histórias da Paixão, do túmulo vazio e as aparições da ressurreição. Algumas dessas crenças são datadas nos anos 30 d.C ou 40 d.C, originário dentro da Igreja de Jerusalém.[11]
Igreja pós-apostólica
Essa fase do cristianismo pós-apostólico vai desde a morte dos apóstolos (aproximadamente 100 d.C. até o término das perseguições e a legalização do culto cristão pelo imperador Constantino, o Grande.
Perseguições

Desde o início os cristãos foram sujeitos a várias perseguições. Isso resultou na morte dos primeiros cristãos, como Estêvão (Atos 7:59) e e Tiago, filho de Zebedeu (Atos 12:2). A perseguição aos cristãos pelo Império Romano ficou mais feroz a partir do ano 64 quando, conforme relatado pelo historiador Romano Tácito, o imperador Nero culpou-os pelo grande incêndio de Roma. De acordo com a tradição da igreja, Paulo e Pedro foram martirizados em Roma por Nero. Da mesma forma, vários dos escritos do Novo Testamento mencionam o estresse que era causado pelas perseguições na vida dos primeiros seguidores de Jesus. Por 250 anos os cristãos sofreram perseguições esporádicas por sua recusa em adorar o imperador romano. Por isso, eles eram considerados traidores, sendo assim punidos com a pena de morte. Apesar das perseguições serem intensas, a religião cristã continuou a sua propagação em toda a bacia do Mediterrâneo.[12]
Estrutura e episcopado
A Última Prece dos Mártires Cristãos: Desde o início os cristãos foram sujeitos a várias perseguições
Jean-Léon Gérôme, 1883
Museu de Arte Walters
Os bispos da Igreja Pós-Apostólica emergiram como superintendentes das populações urbanas cristãs. Além disso, a igreja formou gradualmente uma hierarquia no clero que tomou a forma de de episkopos (bispos), anciãos e presbíteros (pastores), além dos diáconos (servos). Mas isso aconteceu lentamente e em diferentes momentos para diferentes localidades. Clemente, Bispo de Roma, refere-se na sua carta I Clemente aos líderes da igreja de Corinto como bispos e presbíteros, indistintamente, e também diz que os bispos estão a conduzir o rebanho de Deus para o pastor chefe (presbítero), Jesus Cristo. Os escritores do Novo Testamento também usam os termos diáconos, presbíteros e anciãos de forma intercambiável.[13]
Os principais bispos da era pós-apostólica incluem Policarpo de Esmirna, Clemente de Roma e Ireneu de Lyon. Esses homens supostamente conheceram e estudaram pessoalmente com os apóstolos. Por isso eles são chamados de Padres Apostólicos. Cada comunidade cristã tinha os presbíteros, que eram ordenados e ajudavam o bispo; O cristianismo se difundiu especialmente nas áreas rurais. Os presbíteros exerciam mais responsabilidades dentro das igrejas locais, tomando forma distinta como sacerdotes. Por último, os diáconos também exerciam determinadas funções, tais como cuidar dos pobres e doentes. No século II, uma estrutura episcopal se torna mais visível. Essa estrutura foi apoiada pela doutrina da sucessão apostólica, onde o bispo se tornava o sucessor espiritual do bispo anterior em uma linha que remontaria aos próprios apóstolos.
A diversidade do cristianismo primitivo pode ser documentada a partir do registro do Novo Testamento. O livro de Atos dos Apóstolos admite conflitos entre hebreus e helenistas; e entre cristãos judeus e cristãos gentios. As cartas de Paulo, Pedro, João, Tiago e Judas são testemunhos de conflitos de liderança e de teologia na Igreja Primitiva. Em resposta aos ensinos gnósticos, Ireneu de Lyon criou o primeiro documento que descreve a Sucessão apostólica.[14]
Primeiros escritos cristãos
Com a expansão do cristianismo, alguns membros bem-educados que faziam parte do círculos do mundo helenístico vieram a se tornar bispos e líderes da igreja. Eles produziram dois tipos de obras: teológica e apologética. Estas últimas eram destinadas a defender a fé usando a razão para refutar os argumentos contra a veracidade do cristianismo. Esses autores são conhecidos como os Padres da Igreja, e o estudo de suas obras é chamado de patrística. Entre os notáveis padres desse período estão Inácio de Antioquia, Policarpo de Esmirna, Justino Mártir, Ireneu de Lyon, Tertuliano, Clemente de Alexandria e Orígenes de Alexandria.
Início da arte

A Virgem e o Menino
Pintura do século IV em uma catacumba romana
A arte cristã ou arte sacra surgiu relativamente tarde e as primeiras imagens cristãs conhecidas surgem no ano 200,[15] embora haja algumas evidências literárias que pequenas imagens domésticas eram usadas anteriormente. As mais antigas pinturas cristãs que temos são da época das catacumbas romanas. Já as mais antigas esculturas cristãs são de sarcófagos, que datam do início do século III.[16] Apesar de muitos judeus helenistas terem imagens de figuras religiosas no templo, como na Sinagoga de Dura Europo, por exemplo, a proibição mosaica tradicional de fazer qualquer tipo de imagem esculpida tinha algum efeito, embora nunca tenha sido proclamada pelos teólogos. Esta rejeição inicial de imagens e a necessidade de ocultar a prática cristã da perseguição nos deixa com poucos registros arqueológicos a respeito do cristianismo primitivo e sua evolução.[16]
Primeiras heresias
Ver artigo principal: heresias cristãs segundo a Igreja Católica
O Novo Testamento fala da importância de manter a doutrina (ortodoxa) correta e refutar as heresias, mostrando o quão antiga era essa preocupação.[17] Por causa do alerta bíblico contra os falsos profetas, o cristianismo sempre se preocupou em manter e ensinar a interpretação ortodoxa da fé. Com efeito, um dos papéis principais dos bispos na Igreja primitiva era determinar e manter importantes crenças corretas, além de refutar as opiniões contrárias conhecidas como heresias. Como não havia diferentes opiniões entre os bispos sobre novas questões, a definição da ortodoxia iria ocupar a Igreja por algum tempo.
As primeiras controvérsias eram muitas vezes sobre a natureza cristológica, isto é, eles estavam relacionados com a divindade ou a humanidade de Jesus. O docetismo declarava que a humanidade de Jesus era apenas uma ilusão, negando assim a encarnação. Já o arianismo considerava Jesus como um ser que não era eternamente divino - mas que também não era um mero mortal - sendo portanto de menor status do que o Pai.[18] O trinitarismo declarou que o Pai, o Filho e o Espírito Santo formavam um ser com três pessoas. Além disso, Cristo possuía uma dupla natureza, conhecida pelos teólogos como união hipostática. Muitos grupos mantinham crenças dualistas, sustentando que a realidade era composta de duas partes radicalmente opostas: a matéria, vista como mal, e o espírito, visto como bom. Tais visões deram origem a algumas teologias da encarnação, que foram declaradas heréticas. A maioria dos estudiosos concorda que a Bíblia ensina que tanto o mundo material quanto o mundo espiritual foram criados por Deus, sendo portanto bons.[19]
O desenvolvimento da doutrina, a posição da ortodoxia e as relações entre as diversas opiniões é uma questão muito debatida na academia. Como a maioria dos cristãos de hoje seguem as doutrinas estabelecidas pelo Credo niceno-constantinopolitano, os teólogos cristãos modernos tendem a considerar os primeiros debates como uma posição ortodoxa unificada contra uma minoria de hereges. Outros estudiosos, baseando-se nas distinções entre cristãos judeus, o paulinismo (cristianismo paulino) e outros grupos, como os marcionistas, argumentam que o cristianismo primitivo foi sempre fragmentado, com crenças contemporâneas concorrentes.[20]
Cânon bíblico
artigo principal: Cânon bíblico
epístolas paulinas.
O cânon bíblico é o conjunto de livros que os cristãos consideram como divinamente inspirada, formando assim a Bíblia cristã. Embora a Igreja Primitiva usasse o Antigo Testamento de acordo com o cânon da Septuaginta (LXX), ao escrever os seus textos os apóstolos não pretendiam criar um conjunto definido de novas Escrituras, mesmo eles reconhecendo que seus escritos eram divinamente inspirados; O Novo Testamento foi escrito e reunido ao longo dos anos.
O processo de canonização do Novo Testamento foi complexo e demorado. Caracterizou-se por uma coletânea de livros que a tradição apostólica considerou autoritária no culto e no ensino, além de serem relevantes para as situações históricas em que viviam, e em consonância com o Antigo Testamento. Contrário à crença popular, o cânon do Novo Testamento não foi sumariamente decidido em reuniões do Conselho grande igreja, mas sim desenvolvido ao longo de muitos séculos.
Os escritos dos apóstolos circularam entre as primeiras comunidades cristãs. As epístolas de Paulo estavam circulando em forma de textos coletados no final do primeiro século. Justino Mártir, no século II, menciona as memórias dos apóstolos, que os cristãos chamam de evangelhos e que foram considerados em pé de igualdade com o Antigo Testamento.[21] Um cânone contendo os quatro evangelhos (o Tetramorph) já estava circulando na igreja no tempo de Ireneu de Lyon em 160.[22] No início do século III, Orígenes de Alexandria talvez tenha usado os mesmos 27 livros que compõem o Novo Testamento moderno, mas ainda havia disputas sobre a canonicidade de Hebreus, Tiago, II Pedro, II e III João e Apocalipse.[23] Essas obras que foram questionadas sobre sua autenticidade são chamadas "antilegomena". Em contraste, os escritos que foram aceitos universalmente pela igreja desde meados do século II e que compõe hoje a maior parte do Novo Testamento são denominadas homologoumena.[24] Da mesma forma, o fragmento de Muratori mostra que em 200 já existia um conjunto de escritos cristãos semelhante ao Novo Testamento atual.[25]
Em sua carta de Páscoa de 367, Atanásio, bispo de Alexandria, escreveu a primeira lista com os 27 que viriam a formar o Novo Testamento canônico.[26] O Concílio de Hipona em 393 aprovou o Novo Testamento tal como conhecemos hoje, juntamente com os livros da Septuaginta, uma decisão que foi repetida pelos Conselhos de Cartago em 397 e em 419.[27] Esses conselhos foram liderados por Agostinho de Hipona, que considerava o cânone como algo já fechado.[28] Da mesma forma, o Papa Dâmaso I comissionou Jerônimo de Estridão a fim de organizar a edição Latina da Vulgata em 383, o que foi algo fundamental para a fixação do cânon do Ocidente.[29] Em 405, o papa Inocêncio I mandou uma lista dos livros sagrados para Exuperius, um bispo gaulês.
Quando esses bispos e concílios discutiram sobre o assunto, no entanto, eles não estavam definindo algo novo, mas sim "estavam ratificando o que já havia se tornado a mente da Igreja."[30] Assim, por volta do século IV, existia uma unanimidade no Ocidente sobre o cânon do Novo Testamento;[31] O Oriente, com poucas exceções, havia entrado em harmonia sobre a questão do canôn por volta do século V.[32] A única resistência estava relacionada ao livro do Apocalipse. Não obstante, um articulação dogmática completa do cânon não foi feito até 1546 no Concílio de Trento para o catolicismo romano;[33] e em 1563 nos Trinta e Nove Artigos da Igreja da Inglaterra; em 1647 na Confissão de Fé de Westminster para o calvinismo; e finalmente em 1672 no Sínodo de Jerusalém para ortodoxia grega.
Cristianismo na Antiguidade tardia (313-476)
Estabelecimento da ortodoxia romana

Constantino, estátua nos Museus Capitolinos

Ícone retratando o imperador Constantino (centro) e os bispos do Primeiro Concílio de Niceia (325) segurando a versão litúrgica do Credo niceno-constantinopolitano de 381
Galério que havia sido uma das principais figuras na perseguição, em 311 emitiu um édito que acabou com a perseguição de Diocleciano ao cristianismo.[34] O édito foi proclamado de má vontade pelo imperador no seu leito de morte.[35] Após a suspensão da perseguição aos cristãos, Galério reinou por mais dois anos. Ele então foi sucedido por um imperador com forte inclinação ao cristianismo, Constantino, o Grande.
Constantino, o novo imperador foi apresentado ao cristianismo por meio de sua mãe, Helena.[36] Na Batalha da Ponte Mílvia, em 28 de outubro de 312, Constantino ordenou que suas tropas pintassem uma cruz nos escudos dos soldados, de acordo com uma visão que tivera na noite anterior. De acordo com a tradição, Constantino teve uma visão enquanto olhava para o sol que se punha. As letras gregas XP (Chi-Rho, as primeiras duas letras de ???st??, Cristo) entrelaçadas com uma cruz apareceram-lhe enfeitando o sol, juntamente com a inscrição em latim In Hoc Signo Vinces — Sob este signo vencerás. Depois de vencer a batalha com uma vitória esmagadora sobre seus inimigos, Constantino foi capaz de reivindicar o controle da parte Ocidental do Império.[37]
Constantino legitimou o cristianismo mas não o tornou à religião oficial do Império Romano. As moedas romanas, por exemplo, que foram cunhadas oito anos após a batalha ainda tinha as imagens dos deuses romanos.[36] No entanto, a adesão de Constantino foi um ponto decisivo para a Igreja cristã. Após sua vitória, Constantino apoiou financeiramente a Igreja, construindo basílicas suntuosas e concedendo vários privilégios para o clero, como a isenção de impostos que os sacerdotes pagãos possuíam. O imperador ainda devolveu bens confiscados durante a perseguição de Diocleciano,[38] aboliu a execução realizada por meio de crucificação, pôs fim às batalhas dos gladiadores como punição para crimes e instituiu o domingo como feriado.[35] Entre 324 e 330, Constantino construiu uma nova capital imperial praticamente do zero. A cidade veio a ter o seu nome: Constantinopla. Ela tinha a arquitetura cristã, várias igrejas contidas dentro da muralha da cidade e não tinha templos pagãos.[39] De acordo com a tradição, Constantino foi batizado em seu leito de morte.
O imperador também desempenhou um papel ativo na liderança da Igreja. Em 316, ele atuou como juiz em uma disputa que ocorreu no norte africano sobre o donatismo. Mais significativamente, em 325 convocou o Concílio de Niceia, o primeiro concílio ecumênico, para lidar principalmente com a controvérsia ariana. O concílio também emitiu o Credo Niceno. Dessa forma, Constantino estabeleceu um precedente para o imperador, que seria responsável perante Deus pela saúde espiritual de seus súditos, tendo o dever de manter a ortodoxia. O imperador iria impor a doutrina, erradicar a heresia, e defender a unidade eclesiástica.[40]
Filho do sucessor de Constantino, conhecido como Juliano, foi um filósofo que ao se tornar imperador, renunciou ao cristianismo e adotou uma forma mística de neoplatonismo e de paganismo, que se chocava com a criação cristã. Juliano começou a reabrir os templos pagãos, começando assim uma disputa de fiéis entre cristãos e pagãos. Depois, com a intenção de restabelecer o prestígio das crenças pagãs, ele as modificou, assemelhando-as as tradições cristãs, como a estrutura episcopal e a caridade pública (filantropia) até então desconhecida na religião romana. O curto reinado de Juliano acabou com sua morte, enquanto fazia campanha no Oriente.
Mais tarde os Padres da Igreja escreveram volumosos textos teológicos, inclusive Agostinho de Hipona, Gregório de Nazianzo, Cirilo de Jerusalém, Ambrósio de Milão, Jerónimo de Estridão, entre outros. Alguns destes pais, tais como João Crisóstomo e Santo Atanásio, sofreram exílio, perseguição, ou o martírio dos imperadores bizantinos.
Concílios ecumênicos

Durante esta época, vários concílios ecumênicos foram convocados. O principal assunto debatido eram as disputas cristológicas. O primeiro (325) e o segundo (381) condenaram os ensinamentos da heresia ariana, produzindo assim o Credo niceno-constantinopolitano. O Primeiro Concílio de Éfeso condenou o nestorianismo e afirmava ser Maria Teótoco (portadora de Deus ou Mãe de Deus). O Concílio de Calcedônia afirmou que Cristo tinha duas naturezas: era plenamente Deus e plenamente homem, ambas distintas, mas sempre em perfeita união. Assim, condenou o monofisismo. Esse Concílio serviu para refutar também o monotelismo. No entanto, nem todos os grupos aceitaram os termos aceitos nesses debates. Os nestorianos e a Igreja Assíria do Oriente, por exemplo, se dividiram sobre o Concílio de Éfeso em 431; e a Ortodoxia Oriental se dividiu sobre o Concílio de Calcedónia de 451.
Cristianismo como religião oficial do estado romano

  Alcance do cristianismo no ano 325
  Alcance do cristianismo no ano 600
Em 27 de fevereiro de 380, o imperador Teodósio assinou o Édito de Tessalónica, adotando o cristianismo niceno como religião oficial do Império Romano. Antes disso, Constâncio II (337-361) e Flávio Júlio Valente (364-378) tinham pessoalmente favorecido o arianismo ou outras formas de cristianismo semiariano, mas Arcádio, sucessor de Teodósio, apoiou a doutrina trinitária como foi exposta no Primeiro Concílio de Niceia (sob Constantino) e reafirmada no Primeiro Concílio de Constantinopla (sob Teodódsio).
No seu Édito, Teodósio reservou o título de "cristãos católicos" para os crentes "na divindade única do Pai, do Filho e do Espírito Santo sob o conceito de igual majestade e da piedosa Trindade", e declarou de considerar os outros "dementes e loucos sobre os quais pesará a infâmia da heresia".[41][42]
Em 385, numa parte do Império Romano do Ocidente, regida por Magno Máximo, não Teodósio, o bispo Prisciliano, que tinha sido excomungado por heresia, foi condenado e executado por um tribunal civil pelo crime civil de feitiçaria, ação que provocou protestas de Papa Sirício, Ambrósio e Martinho de Tours.[43][44] Alguns apresentam isso como primeiro caso de pena capital de um herege,[45] outros como primeiro exemplo de intervenção da justiça secular numa questão eclesiástica.[46]
Após sua criação, a Igreja dentro do Império Romano adotou na organização os limites das províncias civis: o bispo da capital de cada província (o metropolita) tinha certa autoridade sobre os outros bispos da província[47] O Primeiro Concílio de Niceia reconheceu também a autoridade super-metropolitana dos bispos de Roma, Alexandria e Antioquia.[48]
Em 381, realizou-se em Constantinopla (desde 330 capital do império) um concílio, mais tarde reconhecido como ecumênico, que decretou no seu terceiro cânon: "O Bispo de Constantinopla, no entanto, deve ter a prerrogativa de honra, após o Bispo de Roma, porque Constantinopla é a nova Roma". Não lhe designou nenhuma área sobre a qual exercer autoridade super-metropolitana: pelo contrário, declarou no seu cânon 2 que cada diocese#Império Romano deve administrar os próprios assuntos. Deu-lhe a precedência sobre os bispos de Alexandria e Antioquia, mas não sobre o bispo romano.[49] O Primeiro Concílio de Éfeso (431) estendeu o poder de Jerusalém ao longo das três províncias da Palestina, e o Concílio de Calcedônia (451) reconheceu no cânone 28 a jurisdição do bispo de Constantinopla sobre Ponto, Ásia Menor e a Trácia.[50]
O imperador Justiniano I (527-565) por primeiro restringiu o título de "patriarca" para designar exclusivamente os bispos de Roma, Constantinopla, Alejandria, Antioquia e Jerusalém: especificou as funções e a liderança de estes cinco patriarcas e teve um papel decisivo na formulação da Pentarquia.[51] adoptada depois pelo Concílio Quinissexto de 692.[52]
Nestorianismo e o Império Sassânida

 
Durante o século V, a Escola de Edessa havia ensinado uma perspectiva cristológica diferente. Eles afirmavam que a natureza humana e a natureza divina de Cristo eram pessoas distintas. Uma consequência dessa perspectiva era que Maria não poderia ser apropriadamente chamado de a mãe de Deus, mas só poderia ser considerada a mãe de Cristo. O mais conhecido defensor desse ponto de vista era o Patriarca de Constantinopla, Nestório.
O dogma de Maria ser a Mãe de Deus havia se tornado popular em muitas partes da Igreja. Por isso, esse novo ponto de vista se tornou um assunto polêmico. O imperador romano Teodósio II proclamou dois concílios em Éfeso, o primeiro em 431 e o segundo em 449, com a intenção de resolver o problema. Os concílios rejeitaram a visão de Nestório. Entretanto, muitas igrejas seguiram o ponto de vista nestoriano. Por isso, se separaram da Igreja Romana, causando o cisma nestoriano. As igrejas nestorianas foram perseguidos e muitos seguidores fugiram para o Império Sassânida, onde foram aceitos.
O Império Sassânida (persas) tinha muitos convertidos ao cristianismo. O início de sua história estava intimamente ligada ao ramo do cristianismo siríaco. O império foi oficialmente zoroastra, mantendo uma estrita adesão a essa fé, em parte, para se distinguir da religião do Império Romano (originalmente a religião pagã romana e o cristianismo).
O cristianismo tornou-se tolerado no Império Sassânida. Como o Império Romano perseguia os hereges, havia cada vez mais exilados durante os séculos IV e VI, fazendo com que a comunidade cristã sassânida crescesse rapidamente.[53] Até o final do século V , a Igreja persa estava firmemente estabelecida e se tornou independente da Igreja Católica Romana. Esta igreja evoluiu para o que hoje é conhecida como a Igreja do Oriente.
Miafisismo

Em 451, foi realizado o Concílio de Calcedónia a fim de esclarecer as questões cristológicas em torno do nestorianismo. O consílio declarou que a natureza de Cristo era dupla: tanto humana quanto divina. Esse ponto de vista foi rejeitado por muitas igrejas que se chamavam miafisistas. O cisma resultante desse concílio criou uma comunhão de seis igrejas que incluem Igreja Apostólica Armênia, a Igreja Ortodoxa Síria e a Igreja Ortodoxa Copta.[54] Embora tivessem sido feitos esforços para a reconcilação, nos séculos seguintes o cisma se manteve permanente, resultando no que hoje é conhecida como a Ortodoxia Oriental.
Igreja gótica
Ver artigos principais: Cristandade gótica e Arianismo
Constantino queimando livros do presbítero Ário
Ilustração em um livro de direito canónico de 825
A perspectiva cristológica popular do século IV foi o arianismo, defendida pelo presbítero egípcio Ário. Embora esse ponto de vista tivesse sido condenado pela Igreja romana imperial, manteve-se popular no império durante algum tempo. No quarto século Ulfilas, bispo romano e adepto do arianismo, foi nomeado o primeiro bispo dos godos: povos germânicos que habitavam grande parte da Europa nas fronteiras do Império. Ulfilas propagou a visão cristã-ariana entre os godos, estabelecendo firmemente a fé entre muitas das tribos germânicas.[55] Como a Igreja Romana tornou-se cada vez mais antiariana, o arianismo foi visto por muitos godos como a característica de sua fé que os separava dos romanos.
Monasticismo
artigo principal: Mosteiro
O monasticismo é uma forma de ascetismo em que se renuncia atividades mundanas e se concentra exclusivamente em atividades espirituais, principalmente as que incluem alguma virtude como humildade, pobreza e castidade. Ele começou bem cedo na Igreja, baseada em exemplos e ideais bíblicos, além de possuir raízes em certas correntes do judaísmo. João Batista é visto como um monge arquétipo. O monasticismo também foi inspirado pela organização da comunidade apostólica, conforme registrado em Atos 2:42
Existem duas formas de monasticismo: Os monges eremitas vivem na solidão, enquanto os cenobitas vivem em comunidades, geralmente em um mosteiro, sob uma regra (ou código de prática) e são governados por um abade. Originalmente, todos os monges cristãos eram eremitas, seguindo o exemplo de Antão do Deserto. No entanto, a necessidade dos monges terem algum tipo de orientação espiritual levou São Pacômio a juntar alguns seguidores e organizar aquele que viria a ser o primeiro mosteiro em 318. Logo, as instituições similares foram estabelecidos ao longo do deserto egípcio, assim como o resto da metade oriental do Império Romano. Mulheres foram especialmente atraídas ao movimento.[56]
As figuras centrais no desenvolvimento do monasticismo foram Basílio, o Grande, no Oriente e São Bento de Núrsia, no Ocidente. Fundador da Ordem dos Beneditinos, São Bento criou a famosa Regra de São Bento, que viria a ser a regra mais comum durante a Idade Média, e o ponto de partida para outras regras monásticas.[57]
Início da Idade Média (476-799)
Justiniano I,
Mosaico na Basílica de São Vital, Ravena
A transição do cristianismo para a Idade Média foi um processo gradual e localizado. As áreas rurais cresceram como centros de poder, enquanto as zonas urbanas diminuíram. Apesar do Oriente conter o maior número de Cristãos (áreas gregas), aconteceram importantes desenvolvimentos no Ocidente (áreas Latinas). Cada uma das duas áreas assumiram formas distintas. Os Bispos de Roma foram obrigados a adaptar-se a drástica alteração das circunstâncias: mantendo apenas uma fidelidade nominal ao imperador, eles eram obrigados a negociar com os governantes bárbaras das ex-províncias do Império Romano. No Oriente, a Igreja manteve a sua estrutura, seu caráter e sua lenta evolução.
Início do papado medieval
 artigo principal: Papa Gregório I
Após a península Itálica ter sido alvo de guerras e tumultos devido as tribos bárbaras, o imperador Justiniano I tentou reafirmar o domínio imperial no leste da Itália contra a aristocracia gótica. As campanhas subsequentes foram mais ou menos bem sucedidas, e um exarcado foi criada para a Itália, mas a influência imperial era restrita.
Logo após, os lombardos invadiram a enfraquecida península, ocupando a cidade de Roma. Enquanto o lado Oriental do império fracassava em enviar ajuda, os papas passaram a alimentar a população, negociar tratados, pagar pela proteção aos senhores da guerra com os lombardos, além de contratarem soldados para defenderem a cidade.[58] Eventualmente, os papas procuravam outros apoios, especialmente dos francos. Nesse período, o papa Gregório I, eleito prefeito de Roma pelo imperador Justino I, foi responsável por aplicar várias reformas políticas que ocasionaram o prestígio do papado durante toda a Idade Média.
Expansão missionária ocidental
artigo principal: Cristianização
A perda gradual dos domínios do Império Romano do Ocidente, substituído por federações e reinos germânicos, coincidiu com os primeiros esforços missionários em áreas não controladas pelo desmoronado império.[59]
Já no século V, as atividades missionárias da Britânia em áreas celtas (atual Escócia, Irlanda e País de Gales), deram início as tradições do cristianismo céltico, que mais tarde foi reintegrado à Igreja de Roma. Os missionários mais proeminentes foram São Patrício, São Columba e São Columbano. As tribos anglo-saxões que invadiram a Grã-Bretanha do sul logo após o abandono de Roma, foram inicialmente pagãs, mas se converteram ao cristianismo por Agostinho de Cantuária, através da missão do papa Gregório Magno. Logo que se tornou um centro missionário, cristãos como Vilfrido, Vilibrordo, Lulo e São Bonifácio começaram a converter seus parentes Saxões na Germânia.
A Gália (atual França) foi invadida pelos Francos no século V. Os nativos foram perseguidos até que o rei franco Clóvis I os converteu do paganismo para o catolicismo em 496. O rei insistiu que seus nobres colegas seguissem seu exemplo, reforçando o seu reino recém-criado, unindo assim a fé dos governantes com a dos governados. Após a ascensão do Reino Franco e a estabilização das condições políticas, a parte ocidental da Igreja aumentou a atividade missionária, apoiada pelo reino merovíngios, como forma de pacificar os povos vizinhos incômodos. Após a fundação de uma igreja em Utreque por Vilibrordo, houve um recuo na expansão do cristianismo após o rei pagãos dos Frísios, Radode, destruir muitos centros cristãos entre 716 e 719. Em 717, o missionário inglês São Bonifácio foi enviado para ajudar Vilibrordo, restabelecendo igrejas e continuando as missões Frísias, na Alemanha.[60]
Iconoclastia bizantina
Ver artigo principal: Iconoclastia
Santíssima Trindade
Andrei Rublev, c. 1400
Galeria Tretyakov
Após uma série de reveses militares pesados contra os muçulmanos, a iconoclastia surgiu no início do século VIII. Em 720, o imperador bizantino Leão III, o Isauro proibiu a representação pictórica de Cristo, santos e cenas bíblicas.
No Ocidente, o Papa Gregório III realizou dois sínodos em Roma e condenou as ações de Leão III. O Império Bizantino, convocou o concílio iconoclasta de Hieria em 754, declarando que os retratos dos santos eram heréticos.[61] O movimento destruiu grande parte da das representações artísticas cristãs da igreja primitiva. O movimento iconoclasta foi definido como herético em 787 no Segundo Concílio de Niceia, mas conseguiu um breve ressurgimento entre 815 e 842.
Alta Idade Média (800-1299)
Renascença carolíngia artigo principal:                                                     Renascença carolíngia
A Renascença carolíngia foi um período de renascimento cultural e intelectual da literatura, das artes e dos estudos das escrituras durante o final do século VIII até o século IX, principalmente durante o reinado de Carlos Magno e Luís I, o Piedoso, que eram governantes francos. Para resolver os problemas do analfabetismo do clero e dos escribas da corte, Carlos Magno fundou escolas e atraiu a maioria dos sábios de toda a Europa para a sua corte.
Reforma monástica
Abadia de Cluny.
Abadia de Cluny
artigo principal: Abadia de Cluny
A partir do século VI, a maioria dos mosteiros no Ocidente eram da Ordem Beneditina. Devido à aplicação estrita das reformar das Regra de São Bento, a Abadia de Cluny se tornou uma líder reconhecida do monaquismo ocidental a partir do final do décimo século. Cluny criou uma grande ordem onde os administradores de casas subsidiária serviam como deputados do abade de Cluny e respondiam a ele. O espírito de Cluny foi uma influência na revitalização da igreja normanda, em seu auge a partir da segunda metade do século X até o início do século XII.
Abadia de Cister
artigo principal: Abadia de Cister, Ordem de Cister
Bernardo de Claraval em um manuscrito medieval.
A segunda onda de reformas monásticas veio com o Movimento de Cister. Os primeiros cistercienses fundaram uma abadia em 1098, que ficou conhecida como Abadia de Cister. A tônica da vida cisterciense foi um retorno à observância literal das regras beneditinas, rejeitando a evolução dos beneditinos. A característica mais marcante da reforma foi o retorno ao trabalho manual, especialmente o trabalho de campo. Inspirados por Bernardo de Claraval, o principal construtor dos cistercienses, a ordem se tornou a principal força de difusão tecnológica da Europa medieval (ver: Tecnologia medieval). Até o final do século XII, as casas cistercienses chegavam a 500. No seu auge, no fim do século XV, alegou-ser ter perto de 750 casas. A maioria delas foram construídas em áreas de deserto, e desempenharam um papel importante em trazer tais peças isoladas da Europa para o cultivo econômico.
Ordens mendicantes
artigo principal: Ordens mendicantes
Um terceiro nível da reforma monástica foi fornecida pelo estabelecimento das Ordens mendicantes. Vulgarmente conhecido como frades, mendigos vivem sob uma regra monástica tradicional com os votos de castidade, pobreza e obediência. Entretanto, eles enfatizam a pregação, a atividade missionária e a educação em um monastério isolado. A partir do século XII, a ordem franciscana foi instituída pelos seguidores de São Francisco de Assis. Posteriormente, a ordem dos dominicanos foi iniciada por São Domingos de Gusmão.
Fonte:
Wikipédia enciclopédia Livre.








Como esta a igreja atualmente.



A igreja de hoje esta bem distante da sua origem.
Desde os primórdios passando por inicio  e por todas os processos.
Podemos até dizer que a igreja esta dividida.
Católicos, protestantes, ortodoxos.
Todos na certeza que estão vivendo os verdadeiros ensinamentos de Cristo.
Jesus é bem claro quando fala sobre isto.
Estamos vivendo o verdadeiro sentido da igreja,
A igreja povo  e a  igreja templo.

A igreja povo.

Vocês, porém, são geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus, para anunciar as grandezas daquele que os chamou das trevas para a sua maravilhosa luz. Antes vocês nem sequer eram povo, mas agora são povo de Deus; não haviam recebido misericórdia, mas agora a receberam.
(1 Pedro 2:9-10).

A Igreja povo é aquela que vai herdar a vida eterna .(João 3:16)
São aqueles que venceram o pecado .(Apocalipse 2:7-17)
São aqueles que suportaram as provações.(Tiago 1:12)
São aqueles que venceram as batalhas.(Ap.2:1-11)
São os escolhidos de Deus.(Romanos 8:33-39)
São aqueles que tiveram suas vestes lavadas no sangue do cordeiro(Apocalipse 22:14).

A igreja templo.

Também conhecida como casa de oração é templo comum construido por homens para adoração ou celebração.
Temos varias referencia a este respeito.
Atos 17:24-31
O Deus que fez o mundo e tudo o que nele há, Senhor do céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos de homens. Tampouco é servido por mãos humanas, como se necessitasse de alguma coisa. Pois é ele mesmo quem dá a todos a vida, a respiração e todas as coisas.                                                 De um só fez toda a raça humana para que habitasse sobre toda a superfície da terra, determinando-lhes os tempos previamente estabelecidos e os territórios da sua habitação, para que buscassem a Deus, e mesmo tateando, pudessem encontrá-lo. Ele, de fato, não está longe de cada um de nós; pois nele vivemos, nos movemos e existimos, como também alguns dos vossos poetas disseram: Pois dele também somos geração. Sendo nós gerados por Deus, não devemos pensar que a divindade seja semelhante ao ouro, à prata, ou à pedra esculpida pela arte e imaginação humana. Deus não levou em conta os tempos da ignorância, mas agora ordena que todos os homens, em todos os lugares, se arrependam, pois determinou um dia em que julgará o mundo com justiça, por meio do homem que estabeleceu com esse propósito. E ele garantiu isso a todos ao ressuscitá-lo dentre os mortos.


1corintios 3;16
Vocês não sabem que são templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vocês?


Não confunda templo com Igreja .
Igreja é a noiva e nada pode tocar e nenhum mal pode chegar a suas portas.(Mateus 16, 13-20 ).
Templos podem ser destruídos e reerguidos e construidos.(João 2:19-22).
Mesmo o nosso corpo o verdadeiro templo e morada de Cristo.
Mais se assim o for não devemos temer pois o Cristo que morreu e ressuscitou nos justificara à todos que morrerem por amor a ele. (Romanos 8:33-39).

hoje existem muitas ofertas de igreja templos,denominações.
Devemos ter cuidado para não sermos levados por pregadores de rosas.
Devemos ter cuidado para não sermos levados por heresias,
devemos estar atentos com aqueles que  o profeta Isaías cita;
Isaías 29:13-16
O Senhor diz: “Este povo se aproxima de mim com a boca e me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. A adoração que me prestam é feita apenas de mandamentos ensinados por homens. Por isso, uma vez mais deixarei atônito este povo com maravilha e mais maravilha; a sabedoria dos sábios perecerá, e a inteligência dos inteligentes se desvanecerá”.                    Ai daqueles que descem às profundezas para esconder os seus planos do SENHOR, que agem nas trevas e pensam:                                                        “Quem nos vê? Quem ficará sabendo?”. Vocês viram as coisas pelo avesso! Como se fosse possível imaginar que o oleiro é igual ao barro! Acaso o objeto formado pode dizer àquele que o formou: “Ele não me fez”? Pode o vaso dizer do oleiro: “Ele nada sabe”?



Temos que ter cuidado também com falsos profetas que pregam aquilo que queremos ouvir.
Mateus 7:15-23

Tenham cuidado com os falsos profetas. Eles vêm a vocês vestidos de peles de ovelhas, mas por dentro são lobos devoradores. Pelos seus frutos vocês os reconhecerão. Alguém pode colher uvas de um espinheiro ou figos de ervas daninhas? Semelhantemente, toda árvore boa dá frutos bons, mas a árvore ruim dá frutos ruins. Uma árvore boa não pode dar frutos ruins, tampouco uma árvore ruim pode dar frutos bons. Toda árvore que não produz bons frutos é cortada e lançada no fogo. Assim, pelos seus frutos vocês os reconhecerão. ― Nem todo aquele que me diz: “Senhor, Senhor” entrará no reino dos céus, mas apenas aquele que faz a vontade do meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: “Senhor, Senhor, não profetizamos em teu nome? Em teu nome não expulsamos demônios e não realizamos muitos milagres?”. Então, eu lhes direi claramente: “Nunca os conheci. Afastem‑se de mim, vocês que praticam a iniquidade!”.

E tenha muito cuidado com doutrina , igreja que ensina que pode de qualquer jeito e que Deus vai aceitar você de qualquer jeito,
A palavra de Deus adverte sobre a nossa conduta,
acautelai-vos das praticas malignas.
Acautelai-vos dos maus obreiros.

Filipenses 3:2-11

Acautelai-vos dos cães! Acautelai-vos dos maus obreiros! Acautelai-vos da falsa circuncisão! Porque nós é que somos a circuncisão, nós que adoramos a Deus no Espírito, e nos gloriamos em Cristo Jesus, e não confiamos na carne. Bem que eu poderia confiar também na carne. Se qualquer outro pensa que pode confiar na carne, eu ainda mais: circuncidado ao oitavo dia, da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; quanto à lei, fariseu, quanto ao zelo, perseguidor da igreja; quanto à justiça que há na lei, irrepreensível. Mas o que, para mim, era lucro, isto considerei perda por causa de Cristo. Sim, deveras considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; por amor do qual perdi todas as coisas e as considero como refugo, para ganhar a Cristo e ser achado nele, não tendo justiça própria, que procede de lei, senão a que é mediante a fé em Cristo, a justiça que procede de Deus, baseada na fé; para o conhecer, e o poder da sua ressurreição, e a comunhão dos seus sofrimentos, conformando-me com ele na sua morte; para, de algum modo, alcançar a ressurreição dentre os mortos.

Observe se a ordem no culto,pois a adoração a Deus deve ser com ordem e decência(1Coríntios 14:40).
observe se quem esta sendo exaltado é Deus e não o homem.(Deuteronômio 13:4)
Viva uma fé verdadeira lembre-se :
A fé vem pelo ouvir e ouvir a palavra de Deus.(Rm 10;17).
Ora, a fé é a confiança daquilo que esperamos e a certeza das coisas que não vemos.(Hebreus 11:1)

E não se esqueça olhe somente para Cristo.
tendo os olhos fitos em Jesus, autor e consumador da nossa fé. Ele, pela alegria que lhe fora proposta, suportou a cruz, ao desprezar a vergonha, e assentou‑se à direita do trono de Deus.(Hebreus 12:2).

leve sempre sua cruz.
Então, ele chamou a multidão e os discípulos e disse: ― Se alguém quiser vir após mim, negue‑se a si mesmo, tome a sua cruz e siga‑me.(Marcos 8:34; Mateus 16:24;Lucas 14:27).
Nunca olhe para os lados.
Não se desviem, nem para a direita nem para a esquerda, de nenhum dos mandamentos que hoje dou a vocês, para seguir outros deuses e prestar‑lhes culto.(Deuteronômio 28:14).
Nunca olhe para traz.
Jesus respondeu: ― Ninguém que põe a mão no arado e olha para trás é apto para o reino de Deus.(Lucas 9:62).
Não importa qual seja a luta não se deixe levar pelas batalhas pois você não pode ser derrotado é só persevera até o fim e você recebera a coroa da justiça que Cristo dará para todos que permanecerem fieis até o fim.
Não se esqueça que você é a verdadeira igreja, é você que vai morar no céu.
Nenhuma denominação entrara no céu nenhuma denominação tem cadeira cativa nas mansões celestiais.
Nenhuma denominação tem a preferência de Deus, pois Deus é justo e trata a todos com equidade.
Cantem diante do SENHOR, porque ele vem julgar a terra! Julgará o mundo com justiça e os povos com equidade! (Salmos 98:9).
E si alguma denominação esta mentindo dizendo esta é a igreja que vai morar no céu caia fora dela, pois a igreja que vai morar no céu é feita de pessoas e não de tijolos e madeira.
É feita de pessoas  lavadas e remidas por Deus na morte de Cristo na Cruz.
Viva sempre na certeza que a igreja de Deus é você.
Olhe para cruz foi lá que Jesus pagou o preço pela minha e pela sua salvação .
Não são as placas.
Não são os ministros.
Não são as ideologias.
Não é a liturgia.
A igreja é e sempre foi propriedade peculiar de Deus.
Somente a verdadeira igreja será salva.
Somente o povo de Deus  verá a gloria do pai.
Do filho e do Espírito Santo.
O melhor de Deus esta por vir.
Fique firme até trocar sua cruz por uma coroa.
E ouvir de Jesus .
Vinde para o reino que vos esta preparado desde a fundação do mundo


A salvação

E chegamos ao ultimo ponto de nosso pequeno estudo, o objetivo final de todos aqueles que são guiados pelos ensinamentos de Cristo.
A salvação é a certeza daqueles que tem em Cristo e em Deus o comandante de suas vidas.
Assim como no inicio e vimos que existe uma ligação entre o homem a igreja e a salvação .
Desde  a criação Deus tem o objetivo de que o homem viva para sempre .
Mais o homem decidiu desobedecer a Deus e com isto perdeu a vida eterna.
Nas palavras do apostolo.
Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram.(Romanos 5:12).
Assim como todos nós estávamos destituídos da gloria de Deus .
Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus, ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus; para demonstração da sua justiça neste tempo presente, para que ele seja justo e justificador daquele que tem fé em Jesus.(Romanos 3:23-26).

Onde abundou o pecado superabundou a graça.


A lei foi introduzida para que a transgressão fosse ressaltada; entretanto, onde foi ressaltado o pecado, transbordou a graça, para que, como o pecado reinou na morte, assim a graça reine pela justiça para conceder vida eterna, por meio de Jesus Cristo, o nosso Senhor.(Romanos 5:13, 20-21)

O que é Salvação?

A salvação é um termo que genericamente se refere à libertação de um estado ou condição indesejável. O conceito de salvação eterna, salvação celestial ou salvação espiritual faz referência à salvação da alma, pela qual a alma se livraria de uma ameaça eterna (castigo eterno ou condenação eterna) que esperaria depois da morte. Na teologia, o estudo da salvação se chama soteriologia e é um conceito vitalmente importante em várias religiões.
A palavra salvação, tem sua origem no grego soteria, transmitindo a ideia de cura, redenção, remédio e resgate; no latim salvare, que significa `salvar´, e também de `salus´, que significa ajuda ou saúde.
Visões da salvação
As religiões orientais por serem mais estatistas e comunitárias colocam na sociedade a questão do arrependimento e do perdão, ao contrário por exemplo da Igreja primitiva.[1]
Cristianismo
A salvação[2] é um dos conceitos espirituais mais importantes no cristianismo, junto com a divindade de Jesus Cristo e a definição do Reino de Deus.
Após a queda do gênero humano, através da desobediência a Deus, é o Próprio Deus quem salva os homens. Através da sua Graça (dom, favor não merecido).
Deus ama os homens desde toda eternidade, mesmo sabendo que iriam desobedecê-lo. Assim, já tinha o remédio para a humanidade, Ele entregaria seu Filho, Jesus, que daria a vida como resgate de muitos, para o perdão dos pecados e para a santificação do gênero humano.
A salvação vem por meio da fé em Jesus Cristo.
Catolicismo
artigo principal: Salvação e Santidade na Doutrina da Igreja Católica
O Catecismo da Igreja Católica ensina em seu parágrafo §614:
(Este sacrifício de Cristo é único. Ele realiza e supera todos os sacrifícios. Ele é primeiro um dom do próprio Deus Pai: é o Pai que entrega seu Filho para reconciliar-nos consigo. É ao mesmo tempo oferenda do Filho de Deus feito homem, o qual, livremente e por amor, oferece sua vida a seu Pai pelo Espírito Santo, para reparar nossa desobediência.)
Tudo começa em Deus, ele amou os homens primeiro. Tudo que os homens podem fazer de bom vem de Deus. Diz o parágrafo §2011 da Catecismo da Igreja Católica: A caridade de Cristo em nós constitui a fonte de todos os nossos méritos diante de Deus. A graça, unindo-nos a Cristo com amor ativo, assegura a qualidade sobrenatural dos nossos atos e, por conseguinte, seu mérito (desses nossos atos) diante de Deus, como também diante dos homens. Os santos sempre tiveram viva consciência de que seus méritos eram pura graça.
Tradicionalmente, entre os cristãos, uma meta principal é obter a salvação. Outros sustentam que a meta principal do cristianismo é cumprir a vontade de Deus, aceitando seu reinado, ou que os conceitos são equivalentes. Em muitas tradições, obter a salvação é sinônimo de "ir para o Céu" depois da morte, enquanto que muitos também enfatizam que a salvação representa uma troca de vida enquanto se permanece na terra. Vários elementos da teologia cristã explicam por que a salvação é necessária e como se obter.
A ideia de salvação se baseia em que existe um estado de não salvação, do qual o indivíduo (ou a humanidade) necessita ser redimido. Para a maioria dos cristãos católicos e protestantes, este é o juízo de Deus sobre a humanidade devido a sua culpa no pecado original (devido ao Lapso ou a "Queda" de Adão) e a outros pecados atualmente cometidos por cada indivíduo, já que se reconhece pecados em todos. Segundo a soteriologia católica, a salvação, que é oferecida por Deus, realiza-se, após a morte, no Céu. Essa salvação, que conduzirá o homem à santidade, à suprema felicidade e à vida eterna, deve ser obtida através da fé em Jesus Cristo e da pertença à Igreja fundada e encabeçada por Ele. Assim é dada a Salvação.
Ortodoxia
As igrejas ortodoxas rejeitam o conceito agostiniano de pecado original, expressão que nem sequer existe na patrística grega, e veem a salvação como uma escala de melhoramento espiritual e purificação da natureza tanto humana como geral (acompanhada da fé em Cristo), que foi danificada na queda.
Protestantismo
Conforme a Bíblia, para os protestantes a Salvação vem pela fé em Cristo Jesus. Tendo Jesus sofrido na cruz do Calvário o castigo do pecado, pode agora dar a salvação ao pecador. É qual uma permuta: Jesus Cristo leva sobre si o pecado do ser humano e este pode obter o perdão que Cristo dá, ao se tornar o único e pessoal Salvador do pecador confesso e crente.[3]
    1. Pecado - O que é pecado? Pecado é a quebra da lei dada por Deus: "Todo aquele que comete pecado, comete também iniquidade; e o pecado é a iniquidade." (1 João 3:4 [4]). Além disso, para ser pecador, é necessário apenas ter cometido uma falha, independente de quão grande ou pequena essa possa parecer: "Todavia, se cumprirdes, conforme a Escritura, a lei real: Amarás a teu próximo como a ti mesmo, bem fazeis. Mas, se fazeis acepção de pessoas, cometeis pecado, e sois redarguidos pela lei como transgressores. Porque qualquer que guardar toda a lei, e tropeçar em um só ponto, tornou-se culpado de todos. Porque aquele que disse: Não cometerás adultério, também disse: Não matarás. Se tu pois não cometeres adultério, mas matares, estás feito transgressor da lei." (Tiago 2:8-11 [5]). Sendo assim, somos todos pecadores, conforme a própria Bíblia diz: "porque todos pecaram e necessitam da glória de Deus" (Romanos 3:23 [6]).
    2. Consequência do Pecado - A consequência do pecado é a morte: "Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor." (Romanos 6:23 [7]).
    3. Morte - O que significa a morte? A Bíblia fala de duas mortes, a primeira é a morte física e a segunda é a morte espiritual, ou seja, a separação eterna de Deus, oposta à vida eterna com Deus. A morte física, é a morte pela qual todos passaremos, exceto se estivermos vivos e tivermos crido em Jesus quando ele retornar: "Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados; Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados.(1 Coríntios 15:51,52 [8]). Já a morte espiritual se refere à eternidade, a uma separação eterna de Deus: "Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte; mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele mil anos." (Apocalipse 20:6 [9]); "E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte." (Apocalipse 20:14 [10]).
    4. Salvação - A salvação vem somente por meio da fé em Jesus Cristo: "Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim. (João 14:6 [11]). Crer em Jesus significa crer que a sua morte na cruz foi o pagamento do preço dos nossos pecados e que por causa da sua ressurreição iremos ressuscitar um dia e viver com Deus eternamente: "Levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados." (1 Pedro 2:24 [12]); "A saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo." (Romanos 10:9 [13]); "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna." (João 3:16 [14]).
    5. Graça - A salvação vem pela graça. Ou seja, é um favor imerecido, não depende do que façamos. Nós devemos tão somente crer no trabalho que Deus já fez, na morte e ressurreição de Cristo na cruz e como consequência receberemos o que não merecíamos, a salvação: "Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie" (Efésios 2:8-9 [15]).
    6. Consequência da Salvação - A salvação traz como consequência a vida eterna com Deus: "Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim tem a vida eterna." (João 6:47 [16]); "E o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está em seu Filho." (1 João 5:11 [17])
    7. Vida Eterna - A vida eterna com Deus é descrita como um lugar onde não há choro, nem morte, nem dor, dentre muitas outras coisas maravilhosas: "E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles, e será o seu Deus. E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas." (Apocalipse 21:3,4 [18]); "E a cidade não necessita de sol nem de lua, para que nela resplandeçam, porque a glória de Deus a tem iluminado, e o Cordeiro é a sua lâmpada. E as nações dos salvos andarão à sua luz; e os reis da terra trarão para ela a sua glória e honra. E as suas portas não se fecharão de dia, porque ali não haverá noite. E a ela trarão a glória e honra das nações. E não entrará nela coisa alguma que contamine, e cometa abominação e mentira; mas só os que estão inscritos no livro da vida do Cordeiro. (Apocalipse 21:23-27 [19]). "E morará o lobo com o cordeiro,
       e o leopardo com o cabrito se deitará, e o bezerro, e o filho de leão e o animal cevado andarão juntos, e um menino pequeno os guiará. A vaca e a ursa pastarão juntas, seus filhos se deitarão juntos, e o leão comerá palha como o boi. E brincará a criança de peito sobre a toca da áspide, e a desmamada colocará a sua mão na cova do basilisco. (Isaías 11:6-8 [20])
Islamismo
Para os muçulmanos, o propósito da vida é viver de forma de agradar a Allah para poder ganhar o Paraíso. Se crê que na puberdade, uma conta de dívidas de cada pessoa se abre e isso será usado no Dia do Juízo para determinar seu destino eterno. O Corão também sugere a doutrina da predestinação divina. Corão 4:49, 24:21, 57:22. O Corão ensina a necessidade de fé e boas obras para a salvação. A doutrina muçulmana da salvação é que os incrédulos (kuffar, literalmente ‘o que recusa a verdade’) e os pecadores estão condenados, mas o arrependimento genuíno dá como resultado o perdão de Allah e a entrada ao paraíso ao morrer.
Hinduísmo
A salvação, para o hindu, é a libertação da alma do ciclo da morte e da reencarnação e se obtêm ao alcançar o nível espiritual mais alto. É a meta final do hinduísmo, que considera o "céu" e o "inferno" ilusões temporárias. Este conceito se chama mokṣa (em sanscrito, ‘libertação’) ou mukti.
Budismo
As Quatro Nobres Verdades delineiam a essência da soteriologia budista. O sofrimento (dukkha) é tratado como uma enfermidade, da qual se pode curar pelo entendimento das causas e ao seguir o Nobre Caminho Óctuplo. O Nobre Caminho Óctuplo inclui moralidade e meditação. Os meios para alcançar a libertação e se desenvolvem com mais profundidade em outros ensinamentos budistas.
FONTE WIKIPÉDIA.

Qual a ligação entre o homem e a igreja?
Jesus Cristo é a principal  ligação .
Pois tudo é por ele.
Veja o que a palavra diz:
Pois por meio dele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer poderes, quer autoridades; todas as coisas foram criadas por ele e para ele. Ele é antes de todas as coisas, e por meio dele tudo subsiste. Ele é a cabeça do corpo, que é a igreja; é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a supremacia.(Colossenses 1:16-18).
Agora veja o que Cristo fala ao Apostolo João

Eu sou o Alfa e o Ômega, o Primeiro e o Último, o Princípio e o Fim.(Apocalipse 22:13).
Eu sou o Alfa e o Ômega — diz o Senhor Deus —, que é, que era e que há de vir, o Todo-poderoso.(Apocalipse 1:8)
Disse‑me ainda: ― Está feito. Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim. A quem tiver sede, darei de beber gratuitamente da fonte da água da vida. (Apocalipse 21:6)

Quem é a chave da salvação ?

Somente aquele que pudesse pagar o preço mais alto estaria apto para esta missão.
Ele estava ao lado de Deus quando o homem foi criado .
E la no inicio nós falamos sobre o façamos .
ele também desceu a mansão dos mortos e tomou a chave da morte e do inferno.
E aquele que vive; estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos e tenho as chaves da morte e do inferno. (Apocalipse 1:18).

Qual o caminho da Salvação?
Vejamos o que Jesus falou:
Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.(João 14:6).



Ele também disse que ele é a porta  das ovelhas fazendo já menção ao caminho da salvação .
Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim, será salvo; entrará, e sairá, e achará pastagem.(João 10:9).

Veja que Cristo mostrou e mais de uma vez quem é o autor e o consumador .
Deus amou o mundo?
Sim…..
veja:
Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.

Quem é o segredo da salvação?
Jesus sempre foi e sempre será .
Não a salvação fora de Cristo.
Desde a fundação do mundo até a consumação dos séculos
aqui esta o segredo para quem quer morar no céu e ele se deu por amor de mim e de você, mais a escolha é sua.
O homem a igreja jamais existiriam sem Jesus. A salvação se fez para que possamos ser reintegrados ao plano original de Deus. O agir de Deus é soberano e ele não pode ser contradito pois ele tem o domínio de tudo.
A ele seja o domínio, pelos séculos dos séculos. Amém!(1Pedro 5:11).
A essência e a plenitude do pai das luzes é suprema e não tem nada que esteja acima dele.
A salvação é verdadeira e esta ao alcance de todos que queiram e estejam preparados para reconhecer seus erros e deixar as velhas praticas.
Mais a salvação só a em Cristo.
A graça só em Cristo.
Receba o amor do pai.
Receba o perdão do pai.
O abraço de perdão é dado pelo supremo amor de Deus.
O caminho esta aberto e tudo que se fez só pode ser possível porque Deus no seu infinito amor resolveu dar um abraço de perdão para toda a humanidade .
O homem não tinha salvação .
A igreja não é a salvação.
Mais o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.
O advogado fiel, Jesus é a salvação.
Venha pois as portas da graça ainda estão abertas .
A ele a gloria e o louvor e toda adoração pelos séculos dos séculos.
Que Deus na sua infinita graça abençoe a todos em nome de Jesus.
Amém.

MF.Alex Araújo.
Ministério de Regeneração.

Assembleia de Deus. 

Miranda do Norte-MA
06 de julho de 2024



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